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Derrota em decisão expõe fragilidades do elenco milionário do Palmeiras

Diego Salgado e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

06/11/2017 04h00

Mesmo campeão brasileiro de 2016, o Palmeiras não poupou esforços para montar o seu time para esta temporada. Porém, apesar de gastar mais de R$ 100 milhões em reforços com a ajuda de seus patrocinadores e de ter o elenco mais caro do país, o alviverde ainda mostra fragilidade em alguns setores da sua equipe, que com a derrota no clássico com o Corinthians por 3 a 2, neste domingo (5), caiu para a quarta colocação do nacional.

Os laterais, por exemplo, são alvos constantes de reclamações. Na decisiva partida deste fim de semana, Mayke e Egídio, por exemplo, tiveram um rendimento abaixo do esperado, sendo que boa parte das jogadas do adversário saíram nas costas dos alas. Além da dupla, o técnico Alberto Valentim tem à disposição Fabiano, Jean e Zé Roberto.

Para completar, o meia Michel Bastos, que rescindiu com o São Paulo no fim do ano passado, começou a carreira como lateral esquerdo e também poderia ser utilizado na posição. Ainda assim, o setor é motivo de reclamação e preocupação no alviverde.

No ataque, o clube gastou R$ 35 milhões apenas para contratar o colombiano Borja, que ainda não conseguiu se firmar no time e está muito longe de repetir as boas atuações de quando defendia o Atlético Nacional, da Colômbia. Além dele, outro jogador que chama a atenção pelo alto investimento é Deyverson, que custou R$ 18 milhões.

No jogo deste domingo, o atacante entrou no lugar de Tchê Tchê para tentar dar mais força ao sistema ofensivo. No entanto, a alteração não rendeu o esperado. Para piorar, o palmeirense agrediu Felipe Bastos nos acréscimos e recebeu o cartão vermelho. Desta maneira, vai ter cumprir suspensão automática na quarta-feira, contra o Vitória, fora de casa.

No meio campo, há o caso de Felipe Melo. O Palmeiras fez um grande esforço para repatriar o meio campista, que estava na Inter de Milão, da Itália. No entanto, ele virou notícia muito mais pelas confusões fora de campo do que pelas atuações nas partidas. Na sua coleção de polêmicas estão: briga com o preparador físico Omar Feitosa, afastamento pelo técnico Cuca e áudio vazado com críticas ao comandante e o arremesso de uma munhequeira em Clayson, no intervalo do clássico deste domingo.