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Obrigação, pressão e motivação. Como o Atlético lida com a busca pelo G-7

Fred sabe da cobrança que existe para o Atlético-MG conseguir uma vaga na Libertadores - Andre Yanckous/AGIF
Fred sabe da cobrança que existe para o Atlético-MG conseguir uma vaga na Libertadores Imagem: Andre Yanckous/AGIF

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

09/11/2017 04h00

Para o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, a busca por uma vaga na próxima Copa Libertadores é obrigação. É assim que ele trata o assunto desde agosto, quando o time alvinegro caiu nas oitavas de final do torneio, diante do Jorge Wilstermann, da Bolívia. A missão, no entanto, não é das mais fáceis, especialmente pelo fato de o time jamais ter atingindo uma regularidade dentro do Campeonato Brasileiro.

Nesta quinta-feira, às 20h, o Galo recebe o Atlético-GO, pela 33ª rodada. Com apenas 2% de chance de disputar o torneio continental em 2018, de acordo com o site Chance de Gol, o clube mineiro precisa vencer para que o sonho de chegar à Libertadores pelo sexto ano consecutivo seja possível. Pela frente terá o lanterna do Brasileirão, mas nada capaz de iludir os atleticanos de Minas, que esperam por um duelo complicado.

“Qualquer time que vem jogar contra a gente, é obrigação nossa ganhar aqui dentro. A posição não condiz com o que o Atlético-GO tem mostrado, até perdendo alguns jogos. A gente tem obrigação de se dedicar e fazer os melhores movimentos para buscar a vitória, mas não vai ser simples não”, comentou Fred, que admite um certo incômodo pela obrigação de buscar uma vaga na Libertadores.

“A gente sabe a cobrança. Esse pacote vem com os resultados. Quando não tem, a gente tem que ter um trabalho mental de pensamento positivo para não pesar muito. Responsabilidade todo mundo tem”.

Até o momento, o Atlético jamais conseguiu emplacar uma sequência de três vitórias seguidas no Brasileiro. Somente feitos assim permitirão que o clube mineiro sonhe com uma vaga na próxima Libertadores. Se a obrigação colocada pelo presidente Daniel Nepomuceno se tornou uma pressão na reta final do Brasileiro, para o técnico Oswaldo de Oliveira a busca por um lugar no G-7 é tratada como motivação.

Embora tenha contrato até dezembro de 2018, o treinador não tem certeza se permanecerá no cargo na próxima temporada. Como o Atlético terá um novo presidente a partir de dezembro, é possível que mudanças também sejam feitas no futebol. Oswaldo de Oliveira sabe que a conquista dessa tão sonhada vaga na Libertadores do ano que vem pode ser fundamental para que siga na Cidade do Galo por mais alguns meses.

“A vaga na Libertadores pode ser decisiva na minha continuidade. Não encaro esse momento como uma pressão, é uma motivação. Cheguei aqui e encontrei as coisas que estou tentando melhorar. Por isso, não vejo essa busca por Libertadores como uma pressão, mas como uma motivação”, disse o treinador atleticano, que chegou ao clube no final de setembro e tinha como primeira missão evitar o rebaixamento. Algo que está muito próximo de ser alcançado.