Atlético-PR reencontra Eduardo Baptista, demitido por desacerto filosófico
O jogo entre Ponte Preta e Atlético Paranaense nesta quinta-feira (15) às 17h no Moisés Lucarelli, em Campinas, colocará frente a frente dois técnicos que, na visão da diretoria atleticana, levam consigo correntes filosóficas de trabalho completamente oposta. Foi assim que o Furacão justificou a demissão de Eduardo Baptista, hoje na Macaca, ao trocá-lo em 24 horas por Fabiano Soares.
Na ocasião, o presidente do Conselho Gestor do Atlético, Luiz Sallim Emed, justificou a saída de Baptista por “divergências na implantação das metodologias e filosofia do clube”, não pelos resultados. O aproveitamento de 46,1% de Baptista à frente do Atlético (13 jogos) é superior ao de Soares, seu substituto, que tem 43,9% em 22 partidas até aqui. Baptista tem um aproveitamento de 26,6% em 10 jogos.
As divergências vieram à tona pouco tempo depois, quando o UOL Esporte publicou a reportagem “No Atlético-PR, técnicos são os últimos a decidirem a escalação da equipe”, que colheu depoimentos de funcionários e jogadores do clube, como o atacante Grafite, hoje no Santa Cruz.
O sistema de trabalho no CT do Caju consiste, resumidamente, em que o treinador comande a equipe com um padrão de jogo idealizado pelo DIF (Departamento de Inteligência do Futebol), priorizando a posse de bola, contando apenas com jogadores liberados pela EXOS, que cuida da preparação física do clube, e que veta atletas que não apresentarem 100% de condição física de jogo, mediante um sistema de avaliação.
Quando da demissão de Baptista, o gerente-geral do departamento de futebol Paulo Autuori saiu junto, mas retornou uma semana depois. Soares havia sido indicado por Autuori anteriormente à contratação de Baptista, que o substituiu no cargo para que ele subisse de função. O clube via em Baptista um treinador com as características que gostaria de contar, mas Baptista não concordava com as decisões. Nos jogos contra Atlético-MG e Atlético-GO, Baptista discutiu com membros do DIF para levar jogadores que estariam vetados. Levou, venceu os jogos, mas deu início a um rompimento que o levaria à demissão.
Nas coletivas, Soares nunca contesta o método. Contra a Ponte Preta, levará a campo a 23ª escalação diferente em sequência. “Mudaremos um ou dois jogadores para dar oxigênio à equipe e tentar ganhar um jogo bastante difícil, num campo bastante difícil”, disse Soares, que não contará com Nikão e Felipe Gedoz: “Me deram a notícia de que não poderão jogar”. Ele não revelou a equipe. Além de Baptista, o Atlético deve encarar uma panela de pressão: dentro da zona de rebaixamento, a Ponte Preta baixou os ingressos para R$ 10.
PONTE PRETA X ATLÉTICO-PR
Data: 15 de Novembro de 2017, quarta-feira
Horário: 17h (de Brasília)
Motivo: 35ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Leone Carvalho Rocha (GO)
PONTE PRETA:
Aranha; Nino Paraíba, Yago, Rodrigo e Jeferson; Naldo, Lucca, Elton, Danilo e Léo Artur; Léo Gamalho.
Técnico: Eduardo Baptista.
ATLÉTICO-PR:
Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno (Wanderson) e Fabrício; Esteban Pavez, Lucho González (Matheus Rossetto) e Guilherme (Sidcley); Lucas Fernandes, Pablo e Ribamar (Douglas Coutinho).
Técnico: Fabiano Soares.
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