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Banho de cerveja, selfie e desabafo: "Maioria não acreditava", diz Carille

Fabio Carille, técnico do Corinthians, leva banho de cerveja dos jogadores após o título brasileiro - Diego Salgado/UOL - Diego Salgado/UOL
Carille pouco depois de levar banho de cerveja dos jogadores
Imagem: Diego Salgado/UOL

Diego Salgado e Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

16/11/2017 00h53

Campeão paulista e brasileiro no primeiro ano como técnico do Corinthians, Fábio Carille foi "homenageado" por jogadores e comissão técnica minutos após a conquista. Durante a primeira resposta do comandante na entrevista coletiva pós-vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense, o treinador recebeu um banho de água, cerveja e isotônico na sala de imprensa da Arena Corinthians. Logo depois, Carille ainda tirou uma selfie com o grupo para marcar a conquista de 2017.

"Ainda estou pensando muito nas coisas. Comecei a lembrar lá de trás, meus amigos quando cheguei de Sertãozinho aos 12 anos, depois aos 19 com a decisão de trabalhar ou seguir no futebol. É emocionante demais e passa um filme. Fiz questão de dividir. Meus amigos, meu pai... Eu vi com naturalidade o questionamento, desconfiança, dizendo que o Fábio não entende nada de futebol... recebi um vídeo que não gostei de um cara que vou conversar de novo, de que eu duraria três jogos, um desrespeito. São pessoas que desrespeitam o ser humano. Te pregam na parede e te jogam pedras, sem saber. E são burros ainda, nem esperam começar o ano. Espera um mês para cornetar...", dizia Carille antes de ser molhado pelos companheiros.

"A maioria não acreditava e me fortaleci muito com isso. Foi uma faculdade para mim, momentos de incerteza, mas conquistando campeonatos. É emocionante demais".

Campeão brasileiro na 35ª rodada, o Corinthians marcou 48 gols e sofreu 24 ao longo da campanha que rendeu a taça. Carille diz que não temeu a perda do título, mas só conseguiu se acalmar depois da vitória contra o Avaí na rodada passada.

"O campeonato sempre esteve muito aberto até a rodada passada. Depois da rodada passada, eu tranquilizei. Antes eu sempre falei que a vantagem era boa, mas que ia decidir nas rodadas finais. Não mudei nada em questões de trabalho, tanto no campo quanto no dia a dia. A resposta foi tão boa no Paulista e no primeiro turno que eu sabia que uma mudança não seria bom. É uma equipe que pode ter suas deficiências, mas tem muita personalidade. Para jogar em time grande tem de ter muita personalidade".