Libertadores x Rebaixamento: destino opõe "irmãos" Chapecoense e Coritiba
Em 29 de novembro de 2016, quando o mundo soube da queda do avião da Chapecoense na Colômbia, a comoção foi geral e irrestrita. Mas uma outra cidade além de Chapecó sofreu com intensidade a perda: Curitiba. Em especial o Coritiba, que já se preparava para receber o jogo de volta entre a equipe brasileira e o Atlético Nacional de Medellín.
Não só isso: naquele avião estavam Caio Jr, ídolo do Paraná Clube e com ligações pessoais com o Coxa, assim como o volante Gil, o lateral Dener Assunção e o volante Sérgio Manoel, todos ex-jogadores do clube. Estavam também Mario Sérgio, fundamental na campanha do título brasileiro do Atlético-PR, por onde também passou Cléber Santana, e outros curitibanos de nascença ou adoção, como o auxiliar-técnico Duca ou o analista de desempenho Pipe.
Curitiba se preparou para receber o jogo e acabou recebendo um evento-homenagem aos mortos. O Couto Pereira lotou com torcedores de todos os times empunhando o verde da Chapecoense, fossem atleticanos, paranistas ou coxas-brancas: “Somos todos Chape”. O clube catarinense, que foi fundado em 1973 com inspiração no Coxa, passou a ser o segundo time de todo coxa-branca e contar com a simpatia dos demais.
Mas a vida seguiu e neste domingo, 17h em Chapecó, o destino dos clubes se cruzará de maneira impiedosa: ou o Coritiba vence, ou será rebaixado; e se não o for, irá tirar da Chapecoense a impressionante chance de se classificar para a Libertadores 2018 um ano após a tragédia. “Irmãos”, Coxa e Chape entrarão em campo precisando derrubar o outro.
A semana foi de saudades e revelações em Chapecó. O jogo acontecerá exatamente um ano após o velório coletivo realizado na Arena Condá. Com a revelação de que o ex-senador venezuelano Ricardo Albacete Vidal tem ligações com a LaMia, as famílias das vítimas agora têm um nome claro a responsabilizar pelo vôo fatídico que pela oitava vez partiu sem combustível o suficiente para cumprir a rota, por economia.
Em campo, os jogadores comandados pelo curitibano Gilson Kleina sabem que irão enfrentar um adversário desesperado: “O Coritiba vem para o tudo ou nada, mas tem uma pontuação que só depende deles. É um time experiente, com jogadores que chamam a atenção. Temos que ter respeito. É um jogo que passa muito pelo emocional. Temos que entrar para ganhar e fazer o nosso papel.”
Já o Coxa evitou a imprensa e se fechou para tentar evitar a queda. O técnico Marcelo Oliveira chamou de volta o experiente Anderson, surpresa entre os relacionados, e deverá ir a campo com os jogadores mais “cascudos” do elenco, como Kléber, Edinho e Jonas. Mesmo dependendo só de si, o Coritiba também torcerá contra Vitória, Sport e Avaí, ao menos dois deles, para terem resultados piores que os seus para não amargar uma queda para a Série B em caso de não superar a Chape.
CHAPECOENSE X CORITIBA
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Data e hora: 03/12/2017, às 17h (horário de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
Chapecoense
Jandrei; Apodi, Fabrício Bruno, Douglas e Reinaldo; Elicarlos, Moisés Ribeiro, João Pedro e Canteros; Arthur e Wellington Paulista.
Técnico: Gilson Kleina.
Coritiba
Wilson; Léo, Márcio, Cleber Reis e Thiago Carleto; Jonas, Edinho, Tiago Real, Iago (Daniel) e Rildo e Kleber.
Técnico: Marcelo Oliveira
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