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Cruzeiro se irrita com recepção e chama presidente do Atlético de "covarde"

Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

19/05/2018 18h20

O Cruzeiro não gostou do tratamento recebido no jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro e se recusou a conceder entrevista no estádio Independência em forma de protesto, conforme nota veiculada por meio de seu perfil no Instagram. No comunicado, o clube chegou a chamar o presidente do Atlético-MG, Sérgio Sette Câmara, de "covarde".

"O Cruzeiro Esporte Clube vem a público informar que em protesto não concedeu entrevistas pós-clássico deste sábado em função do tratamento que recebeu por parte do adversário, que em atitude covarde de seu presidente colocou o staff e a diretoria do Cruzeiro em camarotes ao lado de lutadores de uma torcida organizada. Não fosse a intervenção da Polícia Militar, haveria ocorrido uma tragédia hoje no estádio Independência", informou a nota do clube.

A iniciativa foi comunicada pelo diretor-geral Sergio Nonato, conhecido como Serginho, depois do revés por 1 a 0 para o Atlético-MG. A ideia se deu porque a cúpula não gostou da forma como foi tratada no local.

Colocados em um camarote diferente do habitual, os dirigentes tiveram que dividir parede com membros de uma organizada do rival. Estes torcedores do Galo ficaram próximos à cúpula do Cruzeiro e levaram o vice de futebol Itair Machado e os seus subordinados à loucura.

O grupo provocou bastante os integrantes do departamento de futebol da Raposa, sobretudo depois do gol marcado por Róger Guedes, no segundo tempo do confronto. Houve até ameaça aos cartolas, conforme apurado pelo UOL Esporte.

O Atlético alega que trocou o camarote do Cruzeiro em uma ação de reciprocidade. No último duelo entre os clubes, a diretoria celeste colocou o arquirrival em um local com menor capacidade. Em vez de ter entrada para 30 pessoas, os atleticanos ficaram alojados em um lugar com menor capacidade (para 18, de acordo com a cúpula do presidente Sergio Sette Câmara).

Para evitar uma confusão, a Polícia Militar de Minas Gerais foi acionada e o número de seguranças particulares ampliado nas proximidades do local.

Diante da irritação, o Cruzeiro optou por não se pronunciar nas dependências do estádio. A ideia é falar somente no dia seguinte ao jogo. Neste domingo (20), haverá um pronunciamento na Toca da Raposa II. O técnico Mano Menezes também conversará com a imprensa no local.