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Contra a Chape, Santos tenta findar sina como visitante e afastar pressão

Jair Ventura sofre pressão, mas foi "bancado" pelo presidente do Santos no Pacaembu - Léo Pinheiro/Framephoto/Estadão Conteúdo
Jair Ventura sofre pressão, mas foi "bancado" pelo presidente do Santos no Pacaembu Imagem: Léo Pinheiro/Framephoto/Estadão Conteúdo

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

22/07/2018 04h00

O Santos busca neste domingo (22), contra a Chapecoense, a sua primeira vitória após o período de Copa do Mundo. Após uma derrota e um empate em amistosos disputados no México e um novo empate, desta vez por 1 a 1 no clássico contra o Palmeiras, na última quinta-feira (19), a equipe do técnico Jair Ventura entra em campo pressionada desafiando um retrospecto pouco favorável como visitante.

Desde a vitória por 1 a 0 diante do Estudiantes-ARG, em 5 de abril, que encaminhou a classificação da equipe na Copa Libertadores da América, a equipe só venceu uma vez em dez partidas fora de casa.

O retrospecto deste período tem sete derrotas, dois empates e somente um triunfo diante do Fluminense, na última rodada antes da paralisação para o mundial.

Na competição nacional, esta é a única vitória santista. Antes, o melhor resultado havia sido um empate por 1 a 1 contra o Corinthians, na 10ª rodada. A pior derrota foi a goleada por 5 a 1 sofrida pra o Grêmio, em 6 de maio.

Após longo período sem jogar em competições oficiais, o Santos não convenceu no clássico disputado no Pacaembu. A equipe foi vaiada em diversos momentos, principalmente enquanto perdia o confronto.

"Ficaram chateados com a substituição do Alison, mas explico, o atleta pediu para sair. Eu vi que ele estava bem no jogo também, como a torcida viu. A torcida é o patrimônio do clube. Tudo passa. Eles que ficam. Normal o comportamento. Fazemos de tudo para dar o melhor para eles, às vezes, eles não entendem. Se 110% não está sendo suficiente, vamos fazer 140%, 150%. Entendo com naturalidade as críticas. Quando vencermos, vão estar nos aplaudindo. Eu entendo, a torcida tem razão", afirmou Jair.

O treinador que, além das vaias no estádio, é bastante criticado pela torcida santista nas redes sociais, também explicou a troca de Sasha por Copete no segundo tempo e fez questão de lembrar que o Palmeiras pressionou no final da partida, pois a equipe santista estava atuando praticamente com dez jogadores, devido ao desgaste físico de Bruno Henrique.

Contra o rival, a equipe do técnico Jair Ventura sentiu a ausência de um maestro para a criação e insistiu em jogadas pelos lados com cruzamentos na área, estratégia preferida do treinador. De acordo com o Footstats, o mapa de calor sinaliza quase nenhum registro na parte ofensiva do meio de campo. A equipe tentou 33 cruzamentos na partida, mais do que o dobro do rival.

Apesar das vaias da torcida santista durante o clássico, o presidente José Carlos Peres foi ao vestiário conversar com Jair após o jogo e saiu de lá garantindo o treinador no cargo.

A dificuldade do Santos em vencer como visitante ocorre desde o início da temporada, com uma série de tropeços já no Campeonato Paulista. Até mesmo em jogos em casa, a equipe não tem conseguido alavancar uma sequência de vitórias.

Para a partida, Ventura não poderá contar com o atacante Rodrygo, que saiu de campo contra o Palmeiras após sofrer um pancada na lateral do joelho direito. O atleta passou por exame de ressonância magnética nesta sexta-feira, e foi constatado uma contusão no local. O meia Léo Cittadini deve ser o substituto.

Com um ponto a mais na tabela, 15 contra 14 do Santos, a Chapecoense também pode ter novidades para o confronto. Após o empate por 1 a 1 diante do Bahia, a equipe do técnico Gilson Kleina tenta a reabilitação.

O meia argentino Agustín Doffo foi regularizado e deve ser relacionado. Contratado em abril, o jogador teve o contrato prorrogado até dezembro. Além dele, o zagueiro Douglas, titular nas 12 primeiras rodadas, deve retornar.

FICHA TÉCNICA
Chapecoense x Santos

Data
: 22 de julho de 2018, domingo
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Horário: 19h (de Brasília)
Árbitro: Wagner Reway (MT)
Assistentes: Bruno Raphael Pires (GO) e Eduardo Gonçalves da Cruz (MS)

Chapecoense: Jandrei; Eduardo, Rafael Thyere, Douglas e Bruno Pacheco; Elicarlos, Márcio Araújo, Luiz Antonio e Canteros (Agustín Doffo); Bruno Silva e Wellington Paulista. Técnico: Gilson Kleina

Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Dodô; Alison, Jean Mota e Léo Cittadini; Gabriel Barbosa, Bruno Henrique e Eduardo Sasha. Técnico: Jair Ventura