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Cuca descarta poupar atletas e vê Santos como "reflexo" do começo do ano

Do UOL, em São Paulo

13/08/2018 04h00

Cuca se vê em situação delicada no comando do Santos. O treinador ainda não venceu em quatro partidas desde que chegou à Vila Belmiro e viu a equipe seguir com a ameaça do rebaixamento após a derrota por 3 a 1 para o Atlético-MG, no último domingo (12), no Independência, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Em meio à crise na competição nacional, Cuca se vê impossibilitado de poupar o elenco visando os jogos decisivos pela Copa do Brasil e Libertadores. Contra o Atlético-MG, por exemplo, o treinador afirmou que Bruno Henrique foi escalado mesmo com um problema na coxa.

"Eu não posso me dar ao luxo de poupar jogadores. Bruno Henrique jogou com certa dor no adutor, foi substituído em função disso. Mas como preservar o time a um ponto da zona de rebaixamento? (posteriormente o Santos voltou à zona de degola com os jogos realizados após a partida do alvinegro) Tem que cuidar bem com alimentação, repouso, e por isso ficaremos aqui [em Belo Horizonte] até quarta", disse o técnico, citando o compromisso diante do Cruzeiro, pelo segundo jogo das quartas de final da Copa do Brasil. No primeiro jogo, o Santos foi derrotado por 1 a 0 na Vila Belmiro.

Questionado sobre qual seria a razão para o mau momento vivido pelo Santos na temporada -- a equipe soma dez jogos sem vitória (sete pelo Brasileiro, um pela Copa do Brasil, e dois amistosos) e ainda não venceu após a pausa para a Copa do Mundo --, Cuca afirmou que a equipe vive um "reflexo" do que foi feito no primeiro semestre ainda sob o comando de Jair Ventura. Para ele, a falta de entrosamento e ritmo de alguns jogadores são cruciais para explicar os recentes resultados negativos.

"São diversos fatores, difícil falar em cima do que aconteceu lá atrás. Se você pegar o montante desde o começo do ano, vai refletir agora. Estamos no meio de agosto e temos jogador praticamente por estrear, que jogou 15 minutos. Jogador sem entrosamento, conhecimento do futebol brasileiro. Ocorreram não sei se com aval do treinador ou não, mas mexem muito", afirmou.

Apesar disso, o treinador evitou colocar pressão nos atletas e disse que vai trabalhar internamente, em conjunto com a diretoria, para reverter a situação da equipe na sequência da temporada.

"Não sei mandar recado pela imprensa. Temos que cobrar lá dentro e fazer o melhor. Sabemos o que precisamos, já está falado para o Ricardo Gomes [gerente de futebol], sabe o que precisamos para sair da situação, mas não é na marra, tem que trabalhar e evoluir. Vi evolução hoje. Se tivermos esse nível e mais descansado, teremos chance maior de vencer", finalizou.