Com Fla em queda livre, diretoria é pressionada para trocar treinador
O Flamengo, que já foi líder do Campeonato Brasileiro por 13 rodadas, está em queda livre. Após a derrota para o Internacional por 2 a 1, na última quarta-feira (5), o Rubro-negro permanece com 41 pontos, mas agora ocupa a 4ª colocação. A sequência de resultados negativos coloca a diretoria em xeque. A pressão é grande nos bastidores para a substituição do técnico Maurício Barbieri.
São duas derrotas consecutivas, três jogos sem vencer no Brasileirão e uma série de resultados que acarretam diretamente na perda de contato com o topo da tabela. O revés para o Atlético-PR, o empate com o América-MG e os resultados negativos diante de um Grêmio reserva, além do Ceará no Maracanã lotado, estão entre eles.
Para se ter uma ideia, o Flamengo venceu apenas dois dos últimos sete compromissos pelo Campeonato Brasileiro. O time já perdeu mais após a Copa do Mundo do que em todo o primeiro semestre. Os dados negativos colocam o presidente Eduardo Bandeira de Mello e o vice de futebol Ricardo Lomba em situação delicada.
A preocupação é grande, já que Maurício Barbieri é um técnico novato no comando de um time absolutamente pressionado. Ele ainda é prestigiado pelo mandatário, que reconhecidamente não é um entusiasta em interromper trabalhos. No entanto, parte da torcida, oposição e até mesmo alguns pares do presidente e de Ricardo Lomba querem a troca para que o Flamengo tente salvar a temporada.
Além do alto investimento sem resultados, a manutenção na briga pelo título brasileiro e as semifinais da Copa do Brasil, um ponto pesa bastante no processo: a eleição presidencial de dezembro. A política do Flamengo já ferve. O grupo da situação sabe que se o time fracassar as chances de três anos de mandato para Ricardo Lomba diminuem, principalmente por conta de o candidato da situação ocupar a pasta do futebol, alvo das maiores críticas da atual gestão por torcedores, conselheiros e associados.
Em caso de novas derrotas, desvincular a imagem de Lomba será tarefa complicada. Até por isso, não falta quem defenda a aposta em outro treinador no grupo da situação. De preferência, alguém mais experiente e com vivência de vestiário, algo que Barbieri deixa a desejar. Neste caso, o atual comandante voltaria ao cargo de auxiliar, para o qual foi contratado no início de 2018.
Não se sabe se Bandeira cederá à pressão em um final de mandato tumultuado. O fato é que a maioria defende a substituição antes do primeiro jogo da semifinal contra o Corinthians, dia 12, pela Copa do Brasil. A tese trabalhada é a seguinte: se o Brasileiro fica difícil, o título na competição de mata-mata não deve escapar de jeito nenhum. Caso contrário, a atual gestão pode perder em todas as frentes.
Por outro lado, os mesmos que cogitam mudanças dizem não acreditar que serão realizadas rapidamente. Entre os motivos está a dificuldade para se amarrar um contrato sem saber se o mesmo grupo político comandará o Flamengo nos próximos três anos. O tempo dirá o caminho tomado pelo Rubro-negro. O certo é que o clube estacionou na crise e precisa de um movimento para sair da má fase.
“É um momento difícil. Mexe com a confiança quando não conseguimos resultados. Conversamos bastante para acertar. Estamos vivos no Campeonato Brasileiro”, comentou Maurício Barbieri.
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