Com semana livre, Cuca fala em desenvolver Rodrygo e cita até Neymar

Cuca terá, enfim, a primeira semana livre para treinar o time do Santos. Depois de assumir o clube em meio a uma maratona de jogos - foram 12 em 39 dias contando a vitória do último domingo (9), sobre o Paraná -, o treinador tem por desafio melhorar a criação da equipe, prejudicada com a ausência de Carlos Sanchez, a serviço da seleção uruguaia. E muito disso passa por desenvolver o futebol de Rodrygo.

Aos 17 anos, o atacante já vendido ao Real Madrid foi primeiramente poupado por desgaste físico, mas, entrando já no intervalo no lugar de Bryan Ruiz, mudou a cara de um time que foi pouco vertical e praticamente não chutou a gol na primeira etapa do duelo contra o lanterna do Brasileirão. 

"Eles (Rodrygo e Arthur Gomes) não são meias clássicos, mas são muito bons para jogarem só na ponta. Futebol brasileiro pede isso. Neymar joga no lado, mas joga bem igual no meio. Esta versatilidade temos de trabalhar em um menino de 17 anos. O quanto ele não vai evoluir. No Real, vai ser o atacante, joga na esquerda, na direita e também na meia. É nossa obrigação", afirmou o treinador.

Parte da vontade de Cuca em desenvolver o atleta pode passar pelas atuações abaixo da média de Jean Motta e Bryan Ruiz, que não aproveitaram a chance na falta de Sanchez. Após a partida em Curitiba, inclusive, Rodrygo revelou a conversa com o comandante nos vestiários.

"Acho que a conversa que o Cuca teve com a gente no intervalo (mudou a equipe). Ele disse que estávamos tocando muito a bola, só que sem objetividade. Disse que precisávamos ser mais objetivos, chutar no gol, acertar o gol. Então, acho que isso mudou no segundo tempo e deu tudo certo", disse o jogador.

Com 31 pontos ganhos em 23 partidas disputadas no Brasileirão, o Peixe jogará o clássico contra o São Paulo no próximo domingo (16), às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro.