"Já treinei drogado", diz goleiro do Fluminense sobre vício em cocaína
O goleiro Rodolfo comentou sua luta contra a dependência química e disse que já treinou sob efeito do uso de cocaína. Hoje no Fluminense, o jogador foi entrevistado pelo programa “Esporte Espetacular” da TV Globo e disse que ainda precisa tratar a doença todo dia.
Em 2012, quando ele defendia o Atlético-PR, Rodolfo foi pego no exame antidoping e levou um ano de suspensão. “Muitas vezes eu saía dos treinos e já chegava drogado em casa. Já treinei drogado, já fui treinar virado. Não conseguia olhar pros meus filhos, não conseguia ser um pai pra eles”, afirmou o jogador, que tem vínculo com o Oeste e está emprestado ao Flu.
“Eu jogava sabendo que um dia eu podia cair [no antidoping], mas eu não queria acreditar”, disse ele, que continua persistindo contra a dependência. “Eu tenho essa doença e tenho que tratar todos os dias. Não posso tomar uma gota de álcool porque o álcool é uma porta de entrada pra cocaína.”
Rodolfo disse que começou a usar cocaína aos 15 anos. Ele foi destaque da Série B no ano passado pelo Oeste. Goleiro reserva do Fluminense, ele teve a chance de entrar em campo na semana passada no clássico contra o Botafogo depois de uma lesão do titular Júlio Cesar. Rodolfo acabou pegando um pênalti e ajudando na vitória tricolor por 1 a 0.
No mesmo dia, sua mulher entrou em trabalho de parto e deu luz à sua filha. “Quando pego meus filhos no colo hoje, agradeço a Deus por ter me recuperado. Hoje eu posso ser um pai pra eles.”
O goleiro voltará a reserva neste domingo quando o Fluminense enfrenta o Atlético-PR às 16h, em Curitiba.
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