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Marcelo Cirino reencontra o Paraná pelo Atlético-PR para novo reinício

Marcelo Cirino (7) festeja acesso contra o Paraná em 2012: reencontro e reinício - Franklin de Freitas/Estadão Conteúdo
Marcelo Cirino (7) festeja acesso contra o Paraná em 2012: reencontro e reinício Imagem: Franklin de Freitas/Estadão Conteúdo

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

23/09/2018 04h00

Há seis anos, Atlético-PR e Paraná encerravam a Série B em um duelo que era tudo ou nada para o Furacão. Ainda sem poder usar a Arena da Baixada, em obras para a Copa do Mundo de 2014, o Atlético mandava seus jogos no Eco-Estádio do J. Malucelli, com capacidade para 10 mil pessoas com arquibancadas tubulares. Em terceiro lugar na briga pelo acesso, o Rubro-Negro não poderia perder para o Tricolor, já eliminado, sob pena de passar mais uma temporada na Série B.

Marcelo Cirino vivia seu primeiro ano de destaque. Atacante formado na base do Atlético, vice-campeão da Copa São Paulo em 2009 ao lado do hoje titular goleiro Santos, entre outros, o jogador marcou 16 gols e era a arma mais letal do time que tinha Paulo Baier no meio, lançando para a velocidade de Cirino, numa jogada que sairia da B 2012 para o terceiro lugar na A e o vice da Copa do Brasil em 2013.

O jogo era tenso. Se tinha pouco a perder, o Paraná jogava pelo brio. Derrotar o rival citadino seria motivo de orgulho para os tricolores, que já não conseguiriam o acesso. O Atlético fez 1 a 0 no primeiro tempo, mas levou o gol de empate no início do segundo. Foi então que o time teve a chance de ampliar. Em uma de suas arrancadas, Marcelo Cirino foi derrubado. Pênalti que ele mesmo cobrou. No travessão. O lance deu ânimo ao Paraná, que sufocou o Atlético e, com uma bola no último minuto, quase impediu o acesso do rival. O zagueiro Cléberson, hoje no Figueirense, evitou o gol. Os atleticanos respiraram aliviados: o Furacão subiu.

O alerta vale para o jogo deste domingo, 16h, na Arena da Baixada. Com 30 pontos na 11ª posição, o Furacão está somente três pontos mais longe do Ceará, primeiro na zona de rebaixamento. Poderia imaginar um jogo tranquilo contra o lanterna, mas não é o que vê Marcelo Cirino. “Jogar contra o Paraná é sempre difícil. São jogos decididos em detalhes e temos que entrar ligados, assim como estamos fazendo. Precisamos tomar os cuidados necessários, mas impor o nosso jogo, porque estamos em casa. Torna-se um jogo ainda mais complicado pela situação deles. Ainda é possível que o Paraná saia desta posição. Então, tenho certeza que será muito difícil. Não podemos nos descuidar”, disse ao site do clube.

Cirino voltou ao Atlético após um período nos Emirados Árabes. Nos primeiros jogos, o desempenho acima da média chamou a atenção da torcida, mas uma lesão o tirou dos gramados por mais de um mês. Ele atuou em parte do jogo contra o Caracas, pela Copa Sul-Americana: “Pelo tempo que fiquei parado, é difícil jogar 90 minutos. Poder voltar aos poucos é fundamental. Estou recuperado da lesão. Agora, tenho que recuperar o ritmo de jogo para dar sequência e ajudar o time”.

O Atlético subiu, Cirino rodou por Flamengo, Inter e saiu do Brasil, e o Paraná só viria a conquistar o acesso em 2017. Já neste ano, disputando a Série A, o Tricolor somou apenas 16 pontos e precisa de um milagre. Uma arrancada no estilo de Marcelo Cirino para ainda tentar evitar a queda: a matemática aponta apenas 1% de chances de sair. “Enquanto tiver condição matemática a gente vai lutar. Ninguém jogou a toalha. Está todo mundo se dedicando, mas os resultados não estão vindo. Nós vamos buscar até o final”, disse o técnico paranista, Claudinei Oliveira, em coletiva.

ATLÉTICO-PR X PARANÁ CLUBE

Data e hora: domingo, 23 de setembro, às 16h (Brasília)
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Motivo: 26ª rodada do Campeonato Brasileiro 2018
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Danilo Ricardo Simon Manis (SP)

ATLÉTICO-PR
Santos; Diego Ferreira (Jonathan ou Reginaldo), Zé Ivaldo, Léo Pereira (Thiago Heleno) e Renan Lodi (Marcio Azevedo); Wellington, Bruno Guimarães e Guilherme; Marcinho, Marcelo Cirino, Rony e Pablo (Bergson).
Técnico: Tiago Nunes.

PARANÁ CLUBE
Richard; Wesley Dias; Rayan, René Santos e Mansur; Leandro Vilela (Torito González), Alex Santana, Caio Henrique e Nadson; Silvinho e Rafael Grampola.
Técnico: Claudinei Oliveira.