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Desempenho ruim de Nenê no 2º turno vira debate no São Paulo em queda

Nenê tenta fugir da marcação durante São Paulo x América-MG pelo Brasileirão - REUTERS/Paulo Whitaker
Nenê tenta fugir da marcação durante São Paulo x América-MG pelo Brasileirão Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

08/10/2018 04h00

O São Paulo busca razões para a sua queda de desempenho no Campeonato Brasileiro. O discurso é de tentar não apontar para individualidades, mas é fato que a queda de Nenê preocupa a todos. Comissão, diretoria e torcida.

Aos 37 anos, o jogador é o que mais atuou na temporada: ele esteve em 46 dos 54 jogos disputados em 2018, tendo sido titular em 39 deles. Nas últimas duas rodadas, não conseguiu jogar os 90 minutos e acabou substituído. O time que podia contar com "Chapada do Nenê" nos piores momentos não tem mais tem este artifício. 

Ele tem oito gols pelo time no Brasileirão, mas apenas um foi anotado no segundo turno, no empate por 1 a 1 contra o Paraná, pela 20ª rodada. Os outros sete foram feitos nas 19 primeiras rodadas, quando o Tricolor vivia seu melhor momento no campeonato.

Depois da derrota por 2 a 0 para o Palmeiras no último sábado (6), Diego Aguirre foi questionado diretamente sobre o problema de Nenê e preferiu não entrar em detalhes para evitar uma análise individual. Ele, no entanto, admite que alguns atletas têm rendido menos do que o ideal.

“Não vou falar de individualidades, porque seria culpar um ou outro jogador. Estamos juntos e é um problema interno que vamos tentar resolver. Só isso”, afirmou.

“Quando você me pergunta de rendimentos individuais ou coletivos, uma coisa vai pela outra, não é algo separado. Seguramente um desempenho particular repercute no time. A realidade é que não estamos encontrando esse futebol que queremos, o que esse time pode fazer e já mostrou”, completou.

Entre conselheiros, também já há quem questione a insistência com a titularidade de Nenê, assim como acontece entre torcedores, tanto nas arquibancadas quanto nas redes sociais. As vaias apareceram nos mais diversos momentos na queda de tabu de 16 anos no Morumbi. Sobrou até para Aguirre ouvir o “burro”.

O São Paulo também se preocupa que a queda de desempenho tenha aparecido justamente quando o time parou para treinar mais por estar fora da Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores. Desta vez, a equipe volta a ter uma semana cheia para trabalhar. O próximo adversário é o Internacional, no domingo, às 16h, no Beira-Rio.