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Sem gol há dois meses no Brasileiro, Borja tenta retomar veia artilheira

Último gol de Borja no Brasileirão foi em 2 de setembro, contra a Chapecoense - MÁRCIO CUNHA/ESTADÃO CONTEÚDO
Último gol de Borja no Brasileirão foi em 2 de setembro, contra a Chapecoense Imagem: MÁRCIO CUNHA/ESTADÃO CONTEÚDO

Danilo Lavieri e Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

14/11/2018 12h00

Miguel Borja é o artilheiro do Palmeiras na temporada, com 19 gols, e tem recebido elogios no clube pela sua melhora de desempenho em relação ao ano passado. Mas dentro desse contexto positivo, o colombiano vive um momento incômodo em 2018. Seu último gol pelo Campeonato Brasileiro aconteceu há mais de dois meses, e ele terá a chance de quebrar esse jejum contra o Fluminense, nesta quarta-feira (14).

Com Deyverson suspenso pelo STJD, caberá a Borja a missão de comandar o ataque alviverde. Ele tentará ir às redes no Brasileirão pela primeira vez desde 2 de setembro, quando marcou em vitória sobre a Chapecoense. Desde então, foram apenas quatro jogos pela competição nacional, graças ao rodízio de Felipão que muitas vezes preservou o camisa 9 para os jogos de meio de semana da Copa do Brasil e da Libertadores. Foi no torneio continental, aliás, o último gol de Borja pelo Palmeiras, em 3 de outubro, na vitória sobre o Colo-Colo pelo jogo de volta das quartas de final.

Não é tanto a falta de gols no Brasileiro que chama atenção. Afinal, o centroavante tem apenas dois no campeonato, atrás de nomes como Hyoran (três), Lucas Lima (cinco), Bruno Henrique (oito) e o artilheiro Willian (nove), mas também fez apenas 11 jogos pelo torneio. Mas a veia artilheira que Borja mostrou no primeiro semestre não tem se repetido. Dos 19 gols dele no ano, 14 foram antes da parada da Copa do Mundo e apenas cinco vieram depois.

O momento instável fez com que Felipão escolhesse Deyverson para o jogo decisivo da semifinal da Libertadores contra o Boca Juniors, que terminou em empate por 2 a 2 e eliminação alviverde. Mesmo sendo o artilheiro da competição, Borja começou no banco e entrou apenas no segundo tempo, quando o Palmeiras buscava um resultado já muito difícil, precisando de três gols de diferença para avançar.

Borja tem ouvido bastante de Felipão cobranças à beira do gramado quando está em campo, especialmente a respeito de sua movimentação sem a bola e dedicação na marcação – coisas que Deyverson faz com mais naturalidade. O treinador já falou em entrevistas que os dois têm características diferentes e que gostam de receber a bola de maneiras distintas.

Com o Palmeiras dependendo só de si para conquistar o título brasileiro, Borja terá nas rodadas finais a oportunidade de aumentar sua contribuição para a campanha alviverde. Sem Deyverson, é a ocasião perfeita para o colombiano fazer as pazes com o gol. A bola rola a partir das 21h45 (de Brasília), no Allianz Parque.