Toque de modernidade de Felipão, Turra se destaca em conquista do Palmeiras
Considerado o toque de modernidade de Luiz Felipe Scolari, Paulo Turra teve participação decisiva na construção do Palmeiras que venceu o Campeonato Brasileiro. O auxiliar foi fundamental na formação do sistema defensivo e mostrou ter liberdade total para atuar como se fosse o próprio treinador no dia a dia da Academia de Futebol.
Aos 45 anos, o gaúcho tem respeito do grupo por mostrar no dia a dia que tem conteúdo e não está lá apenas pela indicação do chefe. Ele completou todos os níveis do curso da CBF para treinadores, fez estágios com Muricy Ramalho, Silas e Tite e trabalha como auxiliar desde 2008.
Entre altos e baixos, comandou times de pequeno porte como Novo Hamburgo, Esportivo, Brusque, Cianorte e Operário-PR. Em 2014, na maior chance da carreira até então, treinou o Avaí e foi demitido após três derrotas em três jogos.
Seu melhor momento começou justamente ao lado de Felipão. Na China, no comando do Guangzhou Evergrande, os dois foram tricampeões nacionais e ainda venceram a Liga dos Campeões da Ásia. No início do trabalho no Palmeiras, inclusive, Scolari vetou a saída de Turra para um retorno ao futebol asiático.
A aposta deu certo. Internamente, o ex-zagueiro foi apontado como grande responsável pelo rápido acerto do sistema defensivo após a saída de Roger Machado e mostrou bom desempenho quando precisou substituir Felipão à beira do campo por conta de suspensões.
O pentacampeão também sempre exalta o pupilo quando pode. Na coletiva após a vitória sobre o Fluminense, por exemplo, elogiou bastante a participação do auxiliar e projetou uma carreira solo de sucesso em breve. Faz parte dos planos de Turra ser o treinador principal a médio prazo.
No Palmeiras, a dupla tem contrato até 2020 e a certeza de um início de 2019 com tranquilidade para a evolução do time. A grande busca da temporada, a exemplo do que aconteceu em 2018, será a taça da Libertadores da América e a participação do Mundial de clubes.
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