Torcida ateia fogo no estádio, Ponte vence dérbi contra o Guarani e cola no líder
Comandada pela dupla de atacantes, que marcou um gol cada na partida, a Ponte Preta derrotou em casa o Guarani por 2 a 0 no dérbi de Campinas, manteve a caça a líder Portuguesa e, de quebra, ajudou a afundar o maior rival na Série B.
O jogo, porém, ficou marcado muito mais pelos incidentes fora de campo do que pela rivalidade dentro dele. A torcida do Guarani ateou fogo nos banheiros do estádio Moisés Lucarelli. Segundo a TV Bandeirantes, o locutor do estádio proferiu insultos aos torcedores no sistema de som (chamou de "galinhada assada"), acirrando a rivalidade e provocando a reação dos bugrinos.
A Rádio CBN divulgou que a Polícia Militar partiu para o confronto com bombas de efeito moral, balas de borracha e cacetetes. Vários torcedores ficaram feridos. O mais grave levou um disparo de bala de borracha no pescoço, sangrava muito e foi retirado do estádio por uma ambulância.
O Guarani apostava na vitória no clássico local para poder reagir na competição, mas acabou sendo derrotado, perdeu duas posições na tabela e agora é o vice-lanterna com nove pontos. Já a Ponte chega a 23 e empata em pontos com a líder Portuguesa.
O que se viu durante o jogo foi muita disputa e poucos lances agudos de gol. No primeiro tempo, em jogada isolada, a Ponte Preta abriu o placar com o atacante Ricardinho, após cruzamento na área do seu companheiro Ricardo Jesus.
No segundo tempo, o habilidoso meia Renatinho desequilibrou em duas jogadas, sendo que numa delas saiu o gol que definiu a partida aos 7min: ele obrigou Emerson a fazer boa defesa e, no rebote, Ricardo Jesus empurrou para as redes.
O Guarani tentou reagir, mas não estava em uma boa jornada. A melhor chance que o time visitante teve foi em cobrança de falta, quando Dadá obrigou Júlio César a se esticar para espalmar para fora.
Mas os torcedores do Guarani certamente irão reclamar de pelo menos um dos dois gols que o clube fez e que foram anulados pelo árbitro Antônio Rogério Batista do Prado.
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