Zagueiro da Ponte encara problema cardíaco com descanso e mimos da família
Diego Sacoman, 27 anos, zagueiro da Ponte Preta, vive dias de repouso e de tensão. Ele teme que um mal entendido sobre o problema cardíaco que tem – e que o impede de jogar futebol por três meses – possa atrapalhar o futuro de sua carreira.
“Tenho certeza que vou me recuperar e voltar a jogar futebol, mas, se as coisas foram mal explicadas, pode ser que encontre dificuldades para encontrar um bom time. Por isso, não é bom comparar meu caso com o de Washington, por exemplo, que teve uma veia entupida. O que eu tenho é uma inflamação causada por uma gripe mal curada”, afirma.
Diego pede que o médico Nabil Ghoraiebe, que trata de seu caso, seja contatado para que a explicação seja bem dada.
De Bruxelas, em um almoço, o médico falou sobre o caso. “Essa (inflamação por causa da gripe) é a principal suspeita. Foi assim com o Willian, que jogava no Palmeiras. Temo de esperar por novos exames de ressonância para ver se as pequenas alterações que apareceram na primeira ressonância persistem, para podemos decidir sobre a continuidade da carreira”.
No início de setembro, Diego Sacoman estava deixando a Ponte Preta para defender o Atlético-PR. Os exames de coração mostraram as tais alterações, nunca detectadas no Corinthians, onde ele começou, nem em outros clubes.
A ordem é de repouso total, por três meses, até a realização de novos exames. E ele está aproveitando bem, ao lado da mulher, Cláudia, da mãe, Vera Lúcia, e do pai, Benê. “Fui morar na casa dos meus pais, junto com a minha mulher. Acordo mais cedo, espero companhia e depois vejo como levar o dia”.
A adaptação a uma rotina totalmente distinta da que estava acostumado fez com que reavaliasse alguns conceitos. “É um momento delicado, e estou aproveitando bem, fugindo do estresse. Estou pensando em ter um filho, tenho ido a teatro, cinema e ao Bosque Maia, aqui em Guarulhos, que é muito bonito”.
Todos os gostos – de bife acebolado, gelatina colorida a filmes violentos são atendidos. “A Cláudia gosta de romance, mas foi comigo ver Hércules e O Protetor, só para me agradar. Minha mãe faz a comida que peço.”
A preocupação com a saúde é minimizada por manifestações de carinho. “Muita gente tem me ligado, me dado força. O Ceará, clube que defendi, entrou em campo com uma faixa em apoio, o pessoal da Ponte me dedicou a vitória, é legal saber que bastante gente me apoiando”.
Ele tem ido aos jogos da Ponte. Vai ao vestiário e depois ao camarote. “É um meio de ficar perto dos amigos e de me sentir mais útil”.
O contrato vai até o final do ano. “Depois dos exames, vamos ver o que fazer. Tenho certeza que vou continuar”.
O bom é que a Ponte está jogando muito bem e não causa nervosismo em seus torcedores. Há a possibilidade de ser campeã da Série B, o que seria o primeiro título de sua história.
E Diego Sacoman já sabe como comemorar. “Vou dar a volta olímpica com o time. Mas andando, para evitar esforço. Andando e com o troféu na mão. Vai ser emocionante”.
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