Como a troca de técnico do Criciúma pressiona Guto Ferreira no Inter
Inter e Criciúma trocaram de treinador exatamente na mesma rodada do Brasileirão da Série B. Tanto Guto Ferreira quanto Luiz Carlos Winck estrearam no jogo de número quatro. O técnico do Tigre encontrava um time aos pedaços, vindo de três derrotas seguidas e sem uma vitória sequer no torneio. Guto assumia a equipe favorita à conquista da competição e que mesmo longe do ideal já ocupava posição interessante.
Neste sábado (08), o bom trabalho realizado no time de Santa Catarina só pressiona o comandante gaúcho.
Guto Ferreira sofreu a primeira derrota no comando do Internacional na última rodada. Contra o Boa Esporte, em casa. E viu a torcida fazer o protesto mais forte no ano. Os aficionados depredaram partes do pátio do Beira-Rio e entraram em confronto com a Brigada Militar.
Tudo por conta da má campanha do time em casa. A quarta pior campanha como mandante sublinha uma série de infortúnios e os números que o treinador ainda não conseguiu atingir com a equipe. Em oito jogos, Guto Ferreira fez o Inter vencer apenas três, empatou quatro e perdeu um. Considerado o time mais forte da Série B, tal retrospecto somado à posição fora da linha dos que sobem para a elite do futebol nacional torna o clima bastante pesado. Um novo tropeço contra os catarinenses pode até gerar a saída do comandante.
"Sinceramente, não estou preocupado nessa situação de ter que vencer para dar sequência ao trabalho no Inter. Eu preciso vencer porque quero estar melhor na tabela. Se isso me pressionasse, não teria saído de onde saí. Gosto de desafio, mas o que me desafia não é manter o cargo, mas sim realizar um bom trabalho. Buscar a vitória não é pelo meu cargo. Não me sinto assim, nessa pressão que você cita. Me sinto pressionado a fazer o meu trabalho acontecer. E ele vai acontecer a medida que os resultados apareçam. Até porque, dentro do que é possível fazer, me sinto realizando o trabalho e buscando soluções. Podem não parecer tão claras, mas daqui a pouco elas começam a aparecer", disse Guto.
Enquanto isso, o quadro desenhado por Winck no Criciúma é o oposto. O treinador realizou um bom Campeonato Gaúcho pelo Caxias e foi contratado para tirar a equipe da zona de risco na segunda divisão. Logo na estreia, estancou uma série de três derrotas da equipe. Perdeu o jogo seguinte, para o Juventude, mas depois atingiu números melhores do que o treinador do Inter. Exatamente no mesmo período, contra rivais de mesmo porte, comandando um time bem mais fraco, Winck tem quatro vitórias, três empates e uma derrota.
Uma das alegações de Guto Ferreira para a falta de resposta imediata do Inter era a falta de tempo para trabalhar. Com sequência de jogos terça e sábado, o Colorado não conseguiu assimilar as ideias propostas pela nova comissão técnica. Porém, Winck, com a mesma dificuldade imposta pelo calendário, conseguiu desempenho melhor.
Por isso, a comparação imediata entre os trabalhos só torna ainda maior a pressão para cima do treinador do Inter. Desta vez, o clube manteve a conduta de reclusão. Optou por manter os treinamentos em um resort na região metropolitana de Porto Alegre, mas abriu as atividades para acompanhamento da imprensa.
O Colorado mudará de formação. Em vez do 4-1-4-1 que tem sido usado, um 4-4-2 com meio-campo em losango. Tudo para aumentar o poder criativo do time. A falta de gols nos jogos em casa preocupou a comissão técnica, que criou mecanismos para furar retrancas rivais e ao mesmpo tempo evitar contra-ataques. Tudo será posto à prova em um Beira-Rio que tende a começar pressionando o adversário, mas dependendo do contexto da partida pode virar uma frigideira para os locais.
Guto Ferreira (Inter)
Luiz Carlos Winck (Criciúma)
INTERNACIONAL X CRICIÚMA
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Árbitro: Dyorgines Jose Padovani de Andrada (ES)
Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires e Edson Glicerio dos Santos (ambos do ES)
Técnico: Guto Ferreira
Técnico: Luiz Carlos Winck
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