Topo

"Bunda no chão" e "conversa franca" encerraram jejum do Coritiba na B

Pelaipe falando aos jogadores do Coxa: "se não honrar a camisa, não fica" - Comunicação CFC
Pelaipe falando aos jogadores do Coxa: "se não honrar a camisa, não fica" Imagem: Comunicação CFC

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

28/08/2018 18h13

O Coritiba voltou a vencer na Série B do Campeonato Brasileiro. Após um jejum de seis partidas num intervalo de praticamente um mês, o Coxa fez 1 a 0 no Brasil-RS, em Pelotas, e subiu aos 33 pontos, ainda na 10ª colocação. O resultado diminui, mesmo que temporariamente, a distância para o G4. Agora são quatro pontos para o Atlético-GO, que ainda joga na rodada. Mas o ensaio para uma reação teve dois segredos: “bunda no chão” e “conversa franca”.

Foi assim que dois personagens decisivos na vitória em Pelotas descreveram os bastidores do clube. Primeiro, o novo diretor de futebol Paulo Pelaipe contou em entrevista às rádios de Curitiba, ainda antes do jogo, como foi seu primeiro contato com os jogadores. “Eu vim pra cá para trabalhar, não estou vindo para passear em Curitiba. Pra fazer o meu melhor e já disse isso pros jogadores. Temos que ter orgulho de termos sido escolhidos para trabalhar num clube com a força dessa camisa. Ninguém veio para estar brincando. E eu não abro mão da disciplina, ela comigo vai funcionar. Jogador que não quiser trabalhar, não botar a bunda no chão e não honrar a camisa, comigo não vai ficar”, afirmou.

Pelaipe palestrou aos atletas ao lado do presidente Samir Namur, antes do jogo, e o efeito apareceu no resultado final. Muito também por conta de uma nova partida impecável do goleiro Wilson, outro personagem central. Sem alongar o teor da conversa, Wilson revelou uma reunião interna com os jogadores: “A gente está se cobrando internamente. Tivemos uma conversa franca entre nós e hoje surtiu efeito.”

O novo diretor de futebol aproveitou o momento de mudança criado com sua chegada para convocar o torcedor para o jogo da próxima terça-feira (04), contra o Boa Esporte, no Couto Pereira: “Acreditando na grandeza da instituição, no apoio do torcedor. Eu sei que o torcedor está triste, mas quem vai salvar o Coritiba é o torcedor. Essa é a hora da torcida, tem que relevar duas derrotas, um empate, um jogo mal jogado, e ir apoiar os atletas. Eles é que fazem parte do grupo e que vão jogar até o final da Série B.”