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Em crise, Coritiba vê G4 distante na Série B e reconhece temor pelo futuro

Londrina quebrou tabu de 24 anos e venceu duelo paranaense na B: crise no Coxa - Comunicação CFC
Londrina quebrou tabu de 24 anos e venceu duelo paranaense na B: crise no Coxa Imagem: Comunicação CFC

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

15/09/2018 11h43

Vaias e cobranças: assim que o árbitro Claudio Francisco Lima e Silva apitou o fim de Coritiba 0 x 1 Londrina, os pouco mais de 4 mil torcedores presentes ao Couto Pereira – pior público no ano – se manifestaram contra a nona derrota do time na Série B 2018. Décimo colocado antes do fim da rodada, o Coxa certamente terminará essa etapa na 11ª posição com 36 pontos, ultrapassado por Ponte Preta (11º, 35 pontos) ou Oeste (13º, 34), que se enfrentam em Barueri. Qualquer resultado derruba o Coritiba para o bloco dos 10 últimos.

A rodada só não será um desastre completo para o Coxa porque Goiás e Atlético-GO se enfrentam e a distância para o quarto colocado será de sete pontos com qualquer placar em Goiânia, a mesma do início da rodada. Mas o cenário já faz o técnico Tcheco pensar na parte da baixo da tabela – serão entre 7 ou 8 pontos de distância para a zona de rebaixamento ao final deste sábado.

"O que resta é juntar os cacos, é um momento psicológico complicado que eles estão passando”, disse, sobre o impacto de mais uma derrota para os jogadores, “Temos que ter os pés no chão e somar pontos para que as coisas não se compliquem ainda mais”. Na próxima rodada, o Coxa viaja até Maceió encarar o CRB, outro que se encontra na metade de baixo da classificação. Uma nova derrota poderá colocar o Coritiba diretamente na briga contra a queda para a Série C, algo impensável para o clube que mais recebe em verbas de TV na Série B 2018.

Tcheco reclamou publicamente do ambiente do clube, apontando comportamentos de atletas como Kady e Rodrigo Ramos. Ele está no Coxa desde o início do ano e participou do projeto do futebol 2018, que no Estadual investiu na base e, de lá para cá, contratou quase duas dezenas de jogadores. “A gente vem passando por vários processos que é complicado. Uma coisa eu digo: não saio. Enquanto os jogadores estiverem comigo eu não peço para sair”, disse, se desculpando com o torcedor, de quem é ídolo, para depois reclamar da sorte: “A urucubaca que pegou o Coritiba é muito grande. Tem alguma cabeça enterrada em algum lugar aqui”.