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Heróis de Felipão no passado elogiam treinador e relembram ambiente pesado do Palmeiras

Autores dos gols das últimas conquistas nacionais, Oséas e Alberto lembraram seus feitos - Arte/UOL - Eduardo knapp/folha Imagem e Antônio Gaudério/Folha Imagem
Autores dos gols das últimas conquistas nacionais, Oséas e Alberto lembraram seus feitos Imagem: Arte/UOL - Eduardo knapp/folha Imagem e Antônio Gaudério/Folha Imagem

Vitor Pajaro

Do UOL, em São Paulo

26/06/2012 06h00

Se você perguntar ao torcedor palmeirense qual a primeira lembrança que ele guarda do centroavante Oséas, certamente ele irá recordar um gol não comemorado pelos alviverdes. O atacante ficou marcado por anotar um golaço a favor do rival Corinthians, mas foi também o herói do único título do Verdão na Copa do Brasil, em 1998, marcando o gol que deu a vitória contra o Cruzeiro aos 44 minutos do segundo tempo.

Quatorze anos depois, Valdivia e companhia podem repetir o feito de uma geração que tinha Paulo Nunes, Alex, Zinho e Arce, além de retomar o caminho de conquistas nacionais. A última vez que isso aconteceu foi em 2000, com o título da Copa dos Campeões, e nesta ocasião o herói da conquista foi o atacante Alberto, já num Palmeiras bem mais modesto.

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O elenco atual inicia a busca pelo segundo título da Copa do Brasil no próximo dia 5 contra o Coritiba, na Arena Barueri. A finalíssima será no dia 11 em Curitiba, no Couto Pereira.

AS DUAS GERAÇÕES FICARAM MARCADAS NO PALMEIRAS

COPA DOS CAMPEÕES 2000COPA DO BRASIL 1998
Comandado por Flávio Murtosa, o time do Palmeiras que venceu o Sport por 2 a 1 foi a campo com Sérgio, Neném, Paulo Turra, Agnaldo e Jorginho; Fernando, Taddei, Juninho e Asprilla. O time ainda tinha Pena e Lopes como destaques.Sob o comando de Felipão, o Palmeiras venceu o Cruzeiro por 2 a 0 com Velloso, Neném, Cléber, Roque Júnior e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arilson), Zinho, Oséas e Paulo Nunes. O paraguaio Arce não atuou, pois estava a serviço da seleção, que se preparava para a Copa.

As duas formações estão marcadas na história do clube e possuem semelhanças com o elenco atual. A primeira delas está no banco de reservas e atende pelo nome de Luiz Felipe Scolari. Campeão da Copa do Brasil em 1998, ele foi o responsável pela montagem do vitorioso elenco de 2000 e hoje lidera a comissão técnica do Verdão.

“Foi o melhor treinador com quem trabalhei e me ajudou bastante. Ele pegava no meu pé, no bom sentido, cobrava uma melhor finalização, dava conselhos”, disse Oséas ao UOL Esporte.

Alberto também fez questão de ressaltar o lado paizão de Felipão, que conseguiu manter o elenco mesmo após alguns problemas internos, e ainda lembrou que foi o treinador, mesmo de longe, quem o escalou na final da Copa dos Campeões contra o Sport.

“O Felipão montou o time e acabou fechando com o Cruzeiro. O [Flávio] Murtosa [assistente de Felipão] ficou, comandou a gente, mas no dia do jogo foi ele quem ligou para o Argel [zagueiro] e indicou que eu deveria ser utilizado como titular”, contou o jogador que marcou o segundo gol da vitória por 2 a 1 sobre o Sport e garantiu o clube na Libertadores do ano seguinte.

O elenco atual talvez discorde da adoração por Felipão, mas certamente concorda com o ambiente pesado do clube, também revelado pelos ex-jogadores.

“A impressão que eu tenho até hoje é que o Palmeiras vive em conflito. Era uma dúvida muito grande sobre o que ia acontecer e problemas a todo o momento”, relembra Alberto. “Os problemas existiam, mas o nosso time era tão unido que isso não chegava ao grupo”, concordou Oséas.

OSÉAS 'COMEMORA' GOL CONTRA

  • Lembrado até hoje pelo gol contra que marcou na partida diante do Corinthians, o matador das trancinhas explicou o lance. “Eu era um jogador alto e voltava para ajudar. Minha intenção era colocar para escanteio, mas a bola do Marcelinho veio com efeito. O Felipão ficou bravo, eu dei a volta por cima, mas quem não me conhecia, passou a conhecer. Depois disso, foram muitas coisas positivas”, comemorou o atacante, aos risos.

A superação do elenco palmeirense atual, que iniciou o ano com a desconfiança dos torcedores, fez o atacante de 2000 encontrar outra semelhança nas equipes.

“É verdade, duas equipes desacreditadas. São elencos que você vê que não empolgam o torcedor. Eles estão lá para torcer, mas não tem aquela confiança”.

Por outra lado, Oséas viveu um período de glórias do clube e ainda conquistou a Copa Libertadores de 1999 e a Mercosul, também de 98.

“Nos tínhamos um time muito forte. Não gosto de comparar, mas se tratando de Felipão, ele vai ser campeão com certeza. Ele adora ganhar esses torneios de tiro-curto”.

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