Críticas de presidente do Palmeiras expõem impaciência com time e comissão técnica
O destempero do presidente Paulo Nobre após a eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil evidencia a falta de paciência da diretoria alviverde com a comissão técnica. Ao criticar publicamente o time e a comissão técnica, o mandatário antecipou uma situação de crise que poderia nem ter sido notada pelos torcedores, pelo menos com a intensidade em que ele a expôs.
Até então, a equipe estava imersa em calmaria. “Temos convicção, desde o início, de que o trabalho que vem sendo feito está no rumo correto. Tínhamos consciência das dificuldades e, principalmente, das responsabilidades. Mas só poderemos comemorar depois de cumprir nossa obrigação, que é voltar para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído, a Série A”, disse Nobre ao site oficial do clube apenas dois dias antes da derrota.
Com a liderança isolada na Série B do Campeonato Brasileiro, o time não era contestado pela diretoria. Isso mudou com uma derrota por 3 a 0 para o Atlético-PR, em que o presidente viu apatia dos jogadores. Após a partida, comissão técnica e atletas foram reunidos no vestiário para uma bronca do mandatário.
O discurso mudou radicalmente após a eliminação. “As coisas não estão bem e vamos ter que fazer cobranças duras. Vou cobrar jogadores e comissão técnica. Não se pode perder de três gols um jogo desses. Vamos com cabeça fria tomar essa decisão. Nós vamos cobrar internamente tanto a comissão técnica quanto grupo de jogadores”, disse.
A cobrança do presidente alviverde vem após uma eliminação para um time que está em ascensão e figura no G-4 da Série A do Campeonato Brasileiro, jogando dentro de seus domínios. Além disso, o time comandado por Gilson Kleina venceu o primeiro jogo das oitavas de final por 1 a 0, no Pacaembu.
Nobre usou como exemplo o primeiro semestre em que, segundo ele, embora nenhum título tenha vindo, a equipe demostrou a entrega necessária. No período, o time do Palestra Itália foi eliminado do Campeonato Paulista nas quartas de final, pelo Santos. Na Libertadores, caiu para o mexicano Tijuana, depois de empatar fora de casa e ser derrotado no Pacaembu.
Com a situação, o treinador Gilson Kleina, até então tranquilo no cargo, fica na berlinda. Ele concordou que faltou brio ao time em Curitiba. “Acho que não fizemos o que vínhamos fazendo. Alguns jogadores estão vindo do tratamento para o jogo e perdemos alguns importantes, isso é verdade. Temos que estar mais inflamados. Tivemos a vivência disso na Libertadores”, afirmou.
Agora resta ao Palmeiras voltar todas as suas forças para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, em que é líder isolada. Neste sábado, a equipe comandada pelo técnico Gilson Kleina enfrenta o Ceará, em Fortaleza, às 21h (de Brasília).
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