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Sob desconfiança, Marcelo Oliveira acaba com sina de vice na Copa do Brasil

Diego Salgado e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

03/12/2015 06h00

Marcelo Oliveira precisou esperar quatro anos para, enfim, comemorar um título da Copa do Brasil. Após perder três finais da competição, o treinador levou o Palmeiras a mais uma conquista de âmbito nacional e ainda conseguiu pôr fim à sina de vice.

O treinador está acostumado às glórias. Nas últimas temporadas, o treinador conseguiu ser bicampeão brasileiro com o Cruzeiro, além de levar Coritiba, por duas vezes, e o próprio time mineiro às finais da Copa do Brasil.

No Palmeiras, entretanto, Marcelo Oliveira, depois de um início de trabalho com bons resultados, passou a conviver com a pressão da torcida. O treinador, por exemplo, tem desempenho bem inferior ao de Oswaldo de Oliveira.

O antecessor tem 62,3% de aproveitamento, com 31 jogos, 17 vitórias, sete empates e sete derrotas. Marcelo, por sua vez, soma 38 partidas no comando do Palmeiras, com 18 vitórias, cinco empates e 16 derrotas. O time conquistou 51,8% dos pontos disputados.

Sob desconfiança após seis jogos sem vitórias durante o mês de novembro, Marcelo Oliveira fez questão de lembrar, na última coletiva antes da decisão com o Santos, dos bons trabalhos no Cruzeiro e no Coritiba.

"Podem dizer que o Palmeiras não tem tido atuações regulares, mas nos últimos quatro anos ganhei cinco títulos e fui três vezes à final da Copa do Brasil. É através do trabalho que podemos ter os jogadores concentrados em jogar futebol", disse

Após a vitória suada sobre o Santos na noite desta quarta-feira, o treinador voltou a falar sobre derrotas em finais de Copa do Brasil. E citou até Dorival Júnior, vice neste ano e campeão em 2010, também com o time santista

"Na Europa o vice-campeão tem muito valor. No Brasil o técnico é demitido, embora tenha disputado uma competição como essa. Não é o caso, o Dorival. Ele está de parabéns pelo time que armou. O Santos é muito bom, muito rápido, criou muito problema", afirmou Marcelo.

O comandante também falou sobre a disputa da Libertadores em 2016 -- será a terceira participação dele no torneio (em 2014 e 2015, ele disputou com Cruzeiro e levou a equipe mineira às quartas de final no ano passado).

"É um momento de comemoração, talvez não valha a pena falar de próxima temporada. Talvez o título tenha vindo assim com mais sofrimento par anos indicar que o ano que vem será muito bom, de muito trabalho e tenho certeza que o Palmeiras estará brigando lá na frente", frisou o treinador.