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Sob vaias, SP perde para Juventude no Morumbi e se complica na C. do Brasil

Roberson marca e festeja gol do Juventude contra o São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

24/08/2016 23h37

Em sua estreia nas oitavas de final da Copa do Brasil depois da participação na Libertadores, o São Paulo saiu do Morumbi com uma derrota por 2 a 1 para o Juventude, atualmente na terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Nesta quarta-feira (24), a equipe de Ricardo Gomes sofreu para criar chances e deixou o campo sob protestos da pouca torcida presente – apenas 6.643 pessoas estiveram no estádio.

Roberson foi responsável pelos dois gols do Juventude na partida – Chávez descontou para o São Paulo. A partida contou ainda com a expulsão do zagueiro Ruan, aos 35 minutos do segundo tempo. Apesar de ter um a mais por 10 minutos, o time do Morumbi pouco conseguiu criar para buscar o empate.

Com o resultado, o São Paulo precisará vencer por dois gols de diferença no Rio Grande do Sul para conseguir a classificação para as quartas de final do torneio. O duelo está marcado para o dia 21 de setembro, no estádio Alfredo Jaconi.

Juventude aposta no contra-ataque e Roberson aproveita as chances

A partida começou com o São Paulo pressionando. Mas à espera do contra-ataque, foi o Juventude quem abriu o placar. Aos 9 minutos do primeiro tempo, Roberson invadiu a área pela esquerda e bateu rasteiro. A bola passou por baixo do goleiro Denis e morreu no fundo do gol.

No segundo tempo, um roteiro parecido: o São Paulo ficava com a bola e tentava sem sucesso criar jogadas de ataque, enquanto o Juventude esperava por uma chance. E ela veio quando Lucas invadiu a área e foi derrubado por Thiago Mendes. Na cobrança, mais uma vez Roberson balançou as redes do São Paulo.

Mais um estrangeiro marca para o São Paulo

 

Com dificuldade na criação durante todo o primeiro tempo, o São Paulo conseguiu o empate após um cruzamento para a área. Aos 39 minutos, Carlinho foi ao fundo e lançou na cabeça de Chávez. O argentino se antecipou à marcação e mandou para as redes de Elias.

O gol conta com uma curiosidade. Os últimos nove tentos são-paulinos foram marcados por estrangeiros: Jonathan Calleri (2), Cueva (2) e Chávez (5).

Torcida pouco comparece, mas protesta

Em sua estreia na Copa do Brasil, o São Paulo contou com um público baixo no Morumbi. Apenas 6.643 estiveram no estádio para acompanhar o empate contra o Juventude. E logo no começo, a torcida se mostrou impaciente com a equipe, reclamando a cada erro cometido.

Mais tarde, com 1 a 1 no placar, a torcida passou a pedir raça e reclamar da atuação do São Paulo. “Não é mole, não. Eu estou cansado de time amarelão”, foi um dos cantos ouvidos no Morumbi. Quando o Juventude fez o segundo, o alvo passou a ser Gustavo Vieira de Oliveira, gerente de futebol do time são-paulino.

Alterações no time titular não surtem efeito

Depois da fraca atuação contra o Internacional, o técnico Ricardo Gomes decidiu mexer na equipe titular para melhorar a movimentação em campo. Para o duelo, duas alterações: Thiago Mendes no lugar de Michel Bastos e Carlinhos na posição antes ocupada por Mena.

As mudanças, porém, fizeram pouco efeito dentro de campo. Durante todo o primeiro tempo, o São Paulo quase não conseguia criar jogadas com a bola no chão. Apesar disso, foi de Carlinhos a assistência para o único gol são-paulino. O jogador, inclusive, acabou vaiado pela torcida ao pedir apoio depois do tento.

Desfalque olímpico

Para o duelo, o São Paulo não pôde contar com o zagueiro Rodrigo Caio. Campeão olímpico com a seleção brasileira, o defensor foi liberado para viajar à Itália e obter a cidadania italiana. Antes da partida, o presidente Leco admitiu que a saída do jogador para a Europa é uma possibilidade. “Ele tem interesse, já revelou para mim em mais de uma oportunidade”, afirmou.

Opinião: Juca Kfouri

"Revoltado, Carlinhos em vez de comemorar, cobrou os torcedores e passou a ser apupado por parte deles sempre que pegava na bola. Sem dúvida, trata-se de um modo estranho de torcer do brasileiro".