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Roger muda nome de volantes e diz que Grêmio é mais ofensivo com marcadores

Do UOL, em Porto Alegre

25/08/2016 11h00

Para o técnico Roger Machado, o Grêmio não tem mais volantes. Mesmo que seu time tenha entrado em campo com Ramiro, Jaílson e Walace, na vitória por 1 a 0 diante do Atlético-PR, quarta-feira, em duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o termo está equivocado e ultrapassado para se determinar os jogadores defensivos do meio. Ao mudar o termo para 'médios apoiadores', o treinador garante que sua equipe fica mais ofensiva com eles em campo. 

"Escalamos um jogador a mais no meio-campo, e às vezes se entende erroneamente que isso torna o time defensivo. Mas depende dos princípios que você adota, da proposta e dos princípios de jogo. O que nos propusemos foi montar um 4-3-3 liberando Miller, Douglas e Luan na frente", disse Roger Machado. 
 
Indagado sobre os volantes, Roger tratou de mudar o termo ao se referir aos jogadores defensivos de meio. 
 
"Tem que mudar este conceito de nomenclatura. Hoje cada vez mais são médios apoiadores, que precisam marcar e jogar. Tivemos três atacantes, Douglas, Miller e Luan", explicou. 
 
Roger tem um vocabulário particular para definir situações de jogo. A reportagem do UOL Esporte montou, no fim do mês passado, uma lista de expressões utilizadas pelo treinador para se referir a situações de jogo. A mudança no nome dos volantes é mais uma delas. 
 

Time mais ofensivo

Em campo, a presença de três jogadores de característica defensiva não mudou a postura do Grêmio. Mesmo com desenho diferente, as linhas mantiveram-se adiantadas com a bola retomada normalmente no campo adversário. Tanto que assim saiu o primeiro gol - e único da partida. Marcos Guilherme errou, Walace retomou, empurrou para Douglas que deu assistência de letra para Bolaños marcar. 
 
"Para o Douglas não mudou a movimentação. Deu um passo atrás, um ou dois para o meio, e usou a inteligência que tem e seu jogo tático sem a bola para organizar e não deixar o Atlético-PR ocupar os espaços. Além disso, deu um passe que é exatamente o que esperamos dele. Que consiga nos ajudar repetindo isso, que tem acontecido", explicou o treinador gremista. 
 
Sob a ótica de Roger, Douglas foi um atacante recuado, utilizado para abastecer Luan e Bolaños, que atuaram abertos. E o trio de frente deixa a equipe ainda mais próxima do gol adversário. 
 
"Treinamos esta estrutura há algum tempo para usar quando achássemos adequado. Pode se repetir, tornar-se mais frequente ou até definitiva. Nos permite dentro do mesmo conceito de jogo ocupar espaços diferentes dependendo da marcação do nosso adversário", finalizou. 
 
O Grêmio retorna do Paraná nesta quinta-feira. Com classificação na Copa do Brasil dependendo de qualquer empate ou vitória no jogo de volta, em 21 de setembro, as atenções voltam-se ao Brasileiro e no domingo o adversário será o Atlético-MG, em casa.