Topo

Juventude impede "monopólio dos gigantes" na reta final da Copa do Brasil

Do UOL, em São Paulo

23/09/2016 08h00

Em um país continental como o Brasil, cada região tem seus grandes times de futebol. Doze deles, porém, podem ser chamados de “gigantes”. É o caso dos clubes de maior torcida e com maior receita do país, que se restringem ao eixo Sul-Sudeste. São os quartetos de São Paulo e do Rio de Janeiro, somados às duplas de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

Com a classificação sobre o São Paulo na noite da última quinta-feira (22), o Juventude impediu que pela primeira vez na história as quartas de final da Copa do Brasil fossem monopolizadas pelos integrantes deste 'G12'.

Vista por muitos anos como o “torneio mais democrático do país”, a Copa do Brasil fica cada vez mais restrita à elite do futebol nacional, principalmente depois que as equipes que disputam a Libertadores começaram a entrar já nas oitavas de final. Fato que reserva menos espaços para as “zebras” como o Juventude, que, embora tenha sido campeão da competição em 1999, disputa hoje a Série C do Campeonato Brasileiro.

"Foi um dos jogos mais importantes dos últimos anos do Juventude. Entra para história. Os jogadores merecem isso, ir o mais longe possível na Copa do Brasil, que é uma competição importante, rentável para o clube. Sabemos da dificuldade, mas vamos superando essas fases, esperando chegar o mais longe possível”, afirmou o técnico Antônio Carlos Zago após a classificação. 

Além do Juventude, Corinthians, Palmeiras, Santos, Internacional, Grêmio, Cruzeiro e Atlético-MG disputarão o título da Copa do Brasil. Todos os times que avançaram às quartas de final, aliás, já foram campeões da competição, fato difícil de ocorrer até poucos anos atrás.

Em 2013, a Copa do Brasil teve seu calendário estendido até o segundo semestre, com os times que disputam a Libertadores no primeiro semestre entrando na segunda fase nas oitavas de final.

Desde então, Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras sagraram-se campeões. Caso o Juventude não chegue ao bicampeonato, mais um “gigante” levantará o caneco da Copa do Brasil.