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Renato minimiza Roger no Galo e vê Grêmio pronto para conquistar título

Técnico Renato Gaúcho comanda o Grêmio em treinamento na Arena - Lucas Uebel/Grêmio
Técnico Renato Gaúcho comanda o Grêmio em treinamento na Arena Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

06/12/2016 18h21

Renato Gaúcho não quer falar de nada mais. Apenas da final da Copa do Brasil. Qualquer assunto paralelo à decisão não ganhou argumentos do treinador em sua última entrevista coletiva. Otimista e com pensamento apenas nos 90 minutos de jogo, o comandante vê sua equipe pronta para erguer a taça. 

"Falei para eles colocarem a cabeça no travesseiro e pensarem nas coisas boas que podem acontecer com o título, e vão acontecer. E se este título não vier, não podemos decepcionar nossa torcida. Depois da tragédia, não podemos deixar a torcida triste mais uma vez. Não vai faltar vontade, raça, entrega, determinação e sem medo de jogar, como foi no Mineirão. Vamos marcar, vamos jogar. Se chegamos aqui desta forma, não tem que mudar. Teremos 60 mil pessoas a nosso favor. Quem não quer ser campeão? Muitos do meu grupo nunca foram campeões. Eu passo isso para eles, é muito bom dar uma volta olímpica. É bom profissionalmente em termos de contrato, entram para história do clube, não há dinheiro que pague isso. A história estará lá e serão lembrados como heróis. Isso já é o suficiente. É o que pedi para eles refletirem antes de dormir. O quanto é importante este título. Sinto meu grupo fechado, querendo, e não é só agora não. Eles querem e sabem da responsabilidade que tem", disse. 
 
Roger Machado, que foi técnico do Grêmio até o agosto deste ano, fechou com o rival Atlético-MG e não comandará o time na final, mas já conversou com o auxiliar sobre o duelo contra o Tricolor. Porém, a presença dele é minimizada por Portaluppi. 
 
"Quando eu cheguei ao Grêmio, eu liguei para o Roger. Foi meu auxiliar aqui, me dou bem com ele, fiquei feliz com a ida dele para o Atlético-MG. O Roger conhece bem o Grêmio, mas eu conheço o Grêmio muito melhor que o Roger. Nasci e me criei aqui. Hoje também. Não é tanto tempo atrás. Do presidente ao roupeiro, conheço o Grêmio. O que acontece em cima, em baixo. Então não devo nada para o Roger. É difícil de esconder de qualquer um de vocês. Não tem nada que passe despercebido. Pode ter certeza que Grêmio e Atlético-MG se conhecem. O mais importante é fixar nestes 90 minutos e buscar o que nos interessa que é o título", explicou o treinador. 
 
Até mesmo a parcela de cada um em uma eventual conquista foi tratada sem grande ênfase. Roger comandou uma partida da Copa do Brasil, Renato todas as outras. 
 
"Se por acaso o Grêmio for campeão, de minha parte ele tem uma parcela sim. Mas gostaria de perguntar para vocês também, quando um time cai, o último apaga a luz, os anteriores tem percentual também? Nessa hora só aparecem alguns. Eu tenho direito do título, aparecem e dizem, eu concordo que o Roger tem. Mas quando cai, não reconhecem né...Não é o caso do Roger", disse. "A minha parcela, eu deixo para vocês (imprensa) avaliar", completou. 
 
Por fim, Renato disse que sente, enquanto comandante do elenco, que a conquista está próxima. "A cada fase que passa, estamos nos fortalecendo. Não vamos deixar escapar. Respeitamos o Atlético-MG, pela carência de título, em frente a nossa torcida, eu sinto um elenco muito forte e fechado. Querendo muito", completou. "O comandante sente quando um grupo vai buscar o título. E é assim que vejo meu grupo. De hoje para amanhã é ansiedade. Chega quinta, mas não chega nunca quarta-feira. O tempo não passa", sentenciou. 
 
Grêmio e Atlético-MG jogam às 21h45 (horário de Brasília). Como venceu o jogo de ida por 3 a 1, o Grêmio é campeão com qualquer vitória, empate ou derrota por um gol de diferença. Na decisão não há saldo qualificado, então qualquer derrota por dois gols de diferença leva a decisão para os pênaltis. E margem maior para o Atlético-MG dá aos mineiros o título.