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Emoção, apoio e sacrifício. A volta de Ederson ao Flamengo após dez meses

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

11/05/2017 04h00

Foram mais de dez meses, precisamente 311 dias para voltar aos gramados. Em 3 de julho de 2016, o meia Ederson sofreu com uma tesoura aplicada pelo lateral corintiano Fagner. A entrada foi o estopim para uma sequência de problemas físicos. O camisa 10 do Rubro-negro passou até por uma cirurgia no joelho esquerdo em setembro e o retorno aos campos chegou a ser colocado em dúvida. Na última quarta-feira (10), ele reencontrou o futebol em uma partida oficial. O meia entrou no segundo tempo do empate sem gols entre Flamengo e Atlético-GO, no Maracanã, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Ainda no anúncio da escalação, Ederson foi o jogador mais aplaudido pelos torcedores. A presença dele no banco de reservas depois de tanto sofrimento foi celebrada pelos rubro-negros que decidiram ir ao estádio após a recente conquista do Campeonato Carioca.

Com 15min do segundo tempo, a torcida pediu para que ele entrasse em campo. Ederson pisou o gramado aos 23min e foi recebido com empolgação ao substituir Matheus Sávio. Os gritos de apoio ecoaram nas arquibancadas.

Ederson viveu em quase meia hora a emoção de um garoto ao jogar pela primeira vez. Ainda sem ritmo de jogo, ele se apresentou e não se poupou dos choques com os adversários. No fim da partida, o camisa 10 teve a oportunidade de cobrar uma falta, mas Rafael Vaz insistiu em bater e desperdiçou.

“Estou muito emocionado. Foi um período difícil e longo. Precisei de muita paciência. Tive apoio da família e da torcida. Recebi mensagens e agradeço de coração. Quero trabalhar bastante para retribuir e dar alegrias aos torcedores”, afirmou o jogador.

O técnico Zé Ricardo rasgou elogios ao camisa 10, que deu um passo importante para enfim render o que dele se espera no Flamengo. O processo ainda será feito com calma. O importante, por enquanto, é apenas a presença do meia.

“Conversamos com o Ederson regularmente, pois se trata de um jogador tecnicamente muito bom. É um profissional exemplar. Não é fácil voltar depois de dez meses. Falei com ele e com o grupo. Desejo que tenha uma sequência positiva e sem lesões. Isso tudo foi muito doloroso. Tivemos algumas coisas positivas na partida, mas a volta dele talvez tenha sido a principal”, comentou.

“A nossa ideia é a de que ganhe ritmo de jogo devagar. Vamos avaliar as partidas para utilizá-lo, mas sem pressa. Ele sabe disso e já conversamos. Foi importantíssimo o retorno dele para o grupo”, completou o comandante.