Topo

Volante sofre com perseguição da torcida e ganha apoio no Fluminense

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/03/2018 11h00

Eram 26min do segundo tempo quando o técnico Abel Braga estava insatisfeito com o desempenho do time e resolveu mudar. Olhou para o banco de reservas e escolheu Marlon Freitas para a vaga de Sornoza, cansado. Foi a senha para a torcida se desesperar e chamar o treinador de burro.

Abel não gostou nem um pouco da reação dos seus torcedores e olhou com cara feia para as arquibancadas. Esperava que sua escolha para mudar o jogo tivesse o apoio dos tricolores, justamente o contrário do que ocorreu.

Para piorar ainda mais o clima hostil, o jovem volante do Fluminense cometeu um erro fatal após quatro minutos em campo. Ele vacilou na saída de bola e armou contra-ataque que resultou no segundo gol do Avaí. A partir desse lance, a cada toque na bola Marlon Freitas ouvia vaia das arquibancadas.

Futebol e seus caprichos. Aos 42min do segundo tempo, o Fluminense, que já perdia por 2 a 1, se lançou ao ataque para o abafa final. Marlon Freitas chutou da entrada da área, viu a bola desviar em Alemão e encobrir Aranha, que se esticou todo e evitou o empate.

Após o fim do jogo, Marlon Freitas era um dos mais abatidos, apesar de tentar mostrar força. Ele saiu de cabeça em pé, mas não quis conceder entrevistas. Pediu desculpas e foi direto para o vestiário. Na descida, escutou vários xingamentos de uma irada torcida.

“Ele entrou em campo e mal tocou na bola e estava sendo vaiado. Abala, por ser um jovem. Que que o ele tinha feito de errado até hoje no Flu? Ajudou a equipe ano passado. Não entendi o porquê. Tinha que apoiar”, desabafou Abel.

Se o apoio não vem da torcida, ele ocorre internamente. Abatido, Marlon Freitas foi abraçado pelos companheiros e comissão técnica. Evidentemente que a falha foi lamentada e até motivo de cobrança, mas o momento era de passar apoio ao atleta.