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Corinthians recebe prêmio da Copa do Brasil adiantado e evita bloqueio

Diego Salgado e Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

05/11/2018 19h11

O Corinthians conseguiu salvar a premiação milionária da Copa do Brasil depois de receber a quantia de R$ 18 milhões antes de um bloqueio determinado pela Justiça de São Paulo. O embargo era requerido pelo Instituto Santanense de Ensino Superior, que solicitava o repasse de R$ 2,48 milhões.

A informação foi divulgada pelo Globoesporte.com e confirmada pela reportagem do UOL Esporte. De acordo com um ofício da CBF anexado ao processo, a premiação de R$ 20 milhões [valor bruto] pelo vice-campeonato da Copa do Brasil foi quitada de forma integral na manhã do dia 22 de outubro, cinco dias depois da decisão com o Cruzeiro.

Na ocasião, o Corinthians recebeu R$ 8 milhões. De acordo com documentos mostrados pela CBF, o clube recebeu R$ 10 milhões antes mesmo da segunda final. Além disso, o Sindicato dos Atletas e o INSS receberam R$ 1 milhão cada.

"Esclarecemos que, de acordo com as informações fornecidas pela Diretoria Financeira da CBF, presentemente o clube não possui créditos nesta entidade. Informamos, ainda, que o pagamento ao clube pela sua participação na final da Copa do Brasil de 2018 foi efetuado na data de 22 de outubro de 2018, em data anterior ao recebimento da ordem do bloqueio de créditos", explicou a CBF no ofício.

Ainda segundo a entidade, o pedido de bloqueio aconteceu no dia 23. O Corinthians também se livrou de outro embargo, pedido pelo escritório de advocacia Emerenciano, Baggio e Associados. O valor da ação é de R$ 393 mil, com total de R$ 437 mil, incluindo os juros. O montante é ligado aos honorários do processo movido pelo Instituto Santanense de Ensino Superior, cuja defesa é feita pelo escritório.

Depois da determinação da Justiça no último dia 23, o Corinthians se manifestou em nota divulgada pela assessoria de imprensa. Nela, o clube admitiu que existe uma dívida com o Instituto e frisou que o "valor líquido ainda se encontra em fase de discussão judicial".

A diretoria corintiana ainda ressaltou que foi realizada audiência de tentativa de conciliação no dia 3 de setembro, mas, de acordo com a nota, "as partes não chegaram a um consenso sobre o valor devido, ante o valor excessivo sustentado pelo Instituto, acima de 4 milhões de reais".