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Tigre detona São Paulo, Conmebol e arbitragem e pede punições ao time brasileiro após final

Rodrigo Molinos, presidente do Tigre, após prestar depoimento na delegacia, em SP - Eduardo Anizelli/Folhapress
Rodrigo Molinos, presidente do Tigre, após prestar depoimento na delegacia, em SP Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Das agências internacionais

Em Buenos Aires (Argentina)

13/12/2012 16h13

Após chegar à Argentina nesta quinta-feira, depois do conturbado vice-campeonato na Copa Sul-Americana, a delegação do Tigre seguiu denunciando supostas agressões dos seguranças do São Paulo aos atletas do time da grande Buenos Aires. O manager do clube, Sergio Massa (que também é prefeito de Tigre), detonou o time brasileiro, o juiz chileno Enrique Osses e a Conmebol, e pediu punições à equipe do Morumbi.

"Depois do que ocorreu na última quarta-feira, tem que haver alguma punição ao time brasileiro", disse Massa, que seguiu disparando: "O delegado da Confederação (Sul-Americana de Futebol, a Conmebol) mais parecia um delegado do São Paulo. E Enrique Osses não tinha tamanho nem experiência para dirigir uma partida desta importância", afirmou.

Já Rodrigo Molino, presidente do Tigre, disse que o time da grande Buenos Aires vai reclamar na Conmebol porque o São Paulo não teria dado "condições de segurança" para que a final da Copa Sul-Americana pudesse continuar sendo jogada. Após levar 2 a 0 no primeiro tempo, o clube argentino não voltou para a segunda etapa, e o Tricolor acabou sendo declarado campeão por WO.

"Os jogadores estavam se sentindo inseguros, consternados. Faremos uma reclamação à Conmebol, porque não havia condições de segurança para continuar o jogo", afirmou Molinos à Rádio Mitre.

"Ninguém do São Paulo ofereceu ajuda, e ainda por cima tivemos que ouvir declarações desafortunadas do presidente (do São Paulo, Juvenal Juvêncio) de que não voltamos a campo porque eramos maricas e que estávamos com medo de levar goleada", completou.

De acordo com Molinos, 15 seguranças do São Paulo golpearam os jogadores do Tigre, e ameaçaram a delegação estrangeira com armas, o que teria motivado o clube visitante a não voltar ao gramado do Morumbi. A AFA  (Associação de Futebol da Argentina) está analisando o ocorrido e afirmou que ainda irá se pronunciar sobre o caso.