Sem astros do calibre de Philippe Coutinho ou Roberto Firmino, o uruguaio Liverpool só guarda semelhanças com o xará famoso no nome. Fundado por alunos do Colégio Padre Capuchinhos, o clube tampouco tem muitas glórias para contar. Fundado em 1915, soma apenas três conquistas na Segunda Divisão do Uruguai. No lugar do imponente Anfield, o acanhado Estádio Belvedere, um dos mais tradicionais do país.

A homenagem que batizou o clube foi inspirada no xará mais conhecido, mas também por uma lição de geografia repetida na escola. Era de lá que vinham os navios carregados de carvão que ancoravam em Montevidéu, ensinavam os professores. Em vez do vermelho característico dos Reds, o grupo fundador elegeu o azul e o preto como cores.

Histórias à parte, o rival do Fluminense no jogo de estreia da Copa Sul-Americana não tem números que metem medo. Após nove rodadas do Campeonato Uruguaio, a equipe conseguiu a sua primeira vitória apenas no último jogo. Com o triunfo, a equipe azul e negra pulou da última para a penúltima colocação na tabela.

Além da seca de triunfos, os gols também são artigo raro no Estádio Belvedere. Em 810 minutos em campo na temporada, o Liverpool balançou a rede apenas sete vezes.

O momento complicado também acabou tendo consequências no banco de reservas da equipe. Treinador do Liverpool no início da temporada, Mario Saralegui foi demitido. O motivo? Um tuíte considerado infeliz pela direção.

Em seu perfil no Twitter, o ex-jogador do Peñarol provocou o Nacional dias antes do Liverpool encarar a equipe. "Pensaram que eu ia renunciar para não jogar com vocês? No domingo, seremos a metade mais um torcendo para o Liverpool”, escreveu.

A provocação revoltou as diretorias de Liverpool e Nacional, que consideraram que a atitude do treinador poderia gerar violência no confronto entre os dois times. Sem Saralegui, a equipe está sendo dirigida pelo interino Alejandro Bertoldi, que vai estar no banco de reservas no duelo no Maracanã.