SP tenta fugir de greve geral e não pode atrasar nem 15 min na Argentina
O São Paulo vai ter de correr contra o tempo para conseguir cumprir a sua agenda nesta semana. Além de disputar duas partidas decisivas, na Copa Sul-Americana e no Campeonato Paulista, o Tricolor precisa fugir da greve geral na Argentina. A paralisação no país, convocada pelos sindicatos contra o presidente Mauricio Macri, está prevista para as 0h de quinta-feira, poucas horas depois do confronto com o Defensa y Justicia, no Estádio do Lanus, pela competição continental.
Por isso, o clube se preparou para viajar logo em seguida ao duelo, que será às 19h15 e deve acabar por volta das 21h. A distância entre o estádio e o aeroporto é de cerca de 50 minutos. O voo fretado de retorno ao Brasil está marcado para as 23h45 - apenas 15 minutos antes do início da greve. Ou seja, um atraso pode custar caro. Normalmente, os jogadores têm mais tempo para tomarem banho e darem entrevistas antes de saírem dos estádios.
"Vamos terminar o jogo, o Rogério Ceni vai responder umas duas ou três perguntas e vamos embora. Já está tudo certo, alugamos o ônibus e fretamos o voo para não ficarmos lá até sexta-feira. Vai dar tudo certo", espera o diretor de futebol do clube, José Jacobson Neto.
A diretoria tricolor espera que não aconteça nenhum imprevisto. Porém, em algumas partidas, o jogador sorteado para o exame antidoping, por exemplo, demora mais do que o esperado para entregar o material para o teste e, por isso, vai embora do estádio separado do restante do elenco.
Caso a delegação não consiga retornar no horário previsto, terá de conseguir um local para se hospedar, um campo para treinar na quinta-feira e buscar um voo para voltar na sexta.
A preocupação é com o jogo de sábado, contra o Linense, pelo Estadual. Até mesmo por causa dessa maratona, o São Paulo comemorou o fato de as duas partidas das quartas de final do Campeonato Paulista serem no Morumbi. Para tentar reforçar o seu caixa com a renda, o Linense abriu mão do direito de jogar no interior.
"Quando aceitamos a proposta do Linense, todo mundo criticou. Mas para nós há o atenuante de jogar em São Paulo mais uma vez e não precisarmos viajar", completou Jacobson.
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