"Melhor ataque do mundo" foi parado pelo Independiente no Maracanã lotado
Em 6 de dezembro de 1995, o Flamengo teve a chance de “salvar” o ano do centenário. Com o “melhor ataque do mundo” formado por Sávio, Romário e Edmundo, o Rubro-negro viu a Supercopa da Libertadores parar nas mãos do Independiente-ARG diante de um Maracanã com mais de 100 mil torcedores. A chance de dar o troco será na próxima quarta-feira (13), às 21h45 (de Brasília), em cenário com algumas semelhanças.
A Copa Sul-Americana é a chance de o atual Flamengo “limpar” a barra em um ano com algumas frustrações. O clube carioca entra em desvantagem por ter perdido a primeira partida por 2 a 1. Só que há 22 anos o panorama era ainda mais delicado e com um time repleto de estrelas.
No Flamengo do presidente Kleber Leite e comandado pelo comentarista Washington Rodrigues, o Apolinho, o badalado trio de ataque não funcionou em nenhum momento. No início da campanha, Romário foi o desfalque. Nas finais, Edmundo ficou de fora. A derrota no jogo de ida por 2 a 0 complicou os planos.O Rubro-negro pisou o gramado do Maracanã obrigado a marcar pelo menos dois gols para levar o jogo para os pênaltis. Fez apenas um, com Romário. O segundo vice-campeonato no ano do centenário estava consumado para o desespero da torcida, que sonha em conquistar um título internacional contra o rival de lembrança amarga.
“Só tínhamos esse torneio para ganhar. Era nobre, uma competição de campeões. Seria consagrador e histórico. Infelizmente, aquele dia era deles. Chegamos confiantes demais, talvez isso tenha prejudicado no primeiro jogo. Levamos um gol cedo. Mas a história se repete e a chance de conseguir um título agora pode ser decisiva até para o ano que vem. No Flamengo, não tem purgatório. É céu ou inferno. É complicado, mas aposto que ganharemos”, afirmou Apolinho.
Presidente do clube na ocasião, Kleber Leite recordou a campanha histórica e deixou claro que vê possibilidades na “vingança” do Flamengo.
“Era um torneio de muita relevância. O Flamengo fez a melhor campanha. Foram sete vitórias e apenas uma derrota. O melhor time, mas que acabou superado na final. Ficou uma frustração enorme, pois talvez tenha sido o último grande público do Maracanã. Mas era muito complicado reverter o placar de 2 a 0. O momento agora é outro. Vejo com enormes possibilidades e tudo vai depender do início do jogo. Acredito que o Flamengo terá o último gás para conquistar o título”, comentou.
Em 1995, Apolinho fez a promessa de se atirar na antiga geral se o Flamengo conquistasse o título. O “evento”, todos já sabem, não aconteceu. A bola agora está com o atual comandante.
“Agora é com o técnico Reinaldo Rueda. Ele tem que se jogar. Se perder, ele que será jogado [risos]”, encerrou.
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