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Presidente do Atlético-MG chama Sul-Americana de 2ª divisão após eliminação

Presidente do Atlético-MG minimizou eliminação para o San Lorenzo na Sul-Americana - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Presidente do Atlético-MG minimizou eliminação para o San Lorenzo na Sul-Americana Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

09/05/2018 01h18

Embora o técnico Thiago Larghi tenha adotado o discurso de que o Atlético-MG não desvalorizou a Copa Sul-Americana, explicando que a parte física pesou na decisão de escalar nove reservas diante do San Lorenzo, pela primeira fase do torneio, o presidente Sérgio Sette Câmara foi para um caminho totalmente oposto. Assista aos melhores momentos da partida.

Além de citar que o torneio remunera muito mal as equipes, além de ter uma logística mais complicada em viagens, por se ter muitas equipes de cidades pequenas, o mandatário do Galo classificou a Sul-Americana como uma segunda divisão da Copa Libertadores. A declaração foi dada após o empate em 0 a 0 com o San Lorenzo, que eliminou o Galo.

“Acho que a Copa Sul-Americana é a segunda divisão da Copa Libertadores da América. É assim que eu enxergo. Se ela tivesse esse valor muito grande, as duas copas que o Atlético já ganhou, a Copa Conmebol, teriam mais valor. E a gente não vê elas valorizadas assim. E naquela época quem classificação não era o nono colocado ou o décimo, era o segundo e o terceiro colocados do Campeonato Brasileiro ”, disse Sette Câmara em entrevista para a Fox Sports.

O presidente do Atlético se referiu aos títulos conquistados pelo clube em 1992 e 1997. Apesar da chancela oficial da entidade máxima do futebol sul-americano, a Copa Conmebol não é tida como uma competição de grande prestígio. O torneio já extinto é considerado pela própria Conmebol como um dos precursores da atual Copa Sul-Americana, que foi disputada pela primeira vez em 2002.

História da Copa Conmebol

O torneio disputado entre 1992 e 1999 é tratado pela entidade máxima do futebol da América com um dos precursores da atual Copa Sul-Americana. Copa Conmebol, Mercosul, Merconorte e Supercopa que deram origem ao torneio que é disputado atualmente.

Se na Sul-Americana o Atlético não apresenta um grande retrospecto, com seis quedas na primeira fase em sete participações e apenas três vitórias em 18 jogos disputados, a situação é completamente diferente na Copa Conmebol. Na extinta competição o Galo participou em cinco oportunidades e em todas chegou à semifinal. Foram dois títulos, em 1992 e 1997, além de um vice, em 1995.

A ideia de criar um torneio secundário surgiu no final dos anos 1980, com inspiração no futebol europeu, que naquela época tinha a Copa dos Campeões e Taça da Uefa, que hoje é chamada de Liga Europa. Diferentemente da Supercopa, disputada apenas por campeões da Libertadores, a Copa Conmebol aditou o critério técnico para definir seus participantes. Os clubes se classificavam via torneios nacionais.

Como a Libertadores era disputada por menos equipes, no futebol nacional apenas os campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil, o nível técnico das primeiras edições da Conmebol foi superior ao do que se apresenta na atual Sul-Americana, considerando o critério de classificação. Em 1992, por exemplo, os quatro brasileiros classificados foram o Bragantino (vice-campeão brasileiro), Atlético-MG (terceiro colocado), Fluminense (quarto colocado) e Grêmio (vice-campeão da Copa do Brasil).

Atualmente, com mais clubes na Copa Libertadores, a classificação para a Sul-Americana contempla times que ficam na zona intermediária do Brasileirão. Nesta edição, os brasileiros presentes no torneio ficaram entre o 9º e o 14º lugares.