Com apoio do Bota, Jefferson diz que manterá corte de cabelo polêmico
Além das habituais grandes defesas, Jefferson chamou atenção na vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, no último domingo, também pelo corte de cabelo. Na semifinal da Taça Guanabara, o goleiro estampou a imagem de um peixe na cabeça, referência a sua religião. O desenho cristão configura desrespeito às regras da Fifa por se tratar de manifestação religiosa, algo proibido pela entidade. O TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva) prometeu analisar o caso com atenção para definir se cabe denúncia. O jogador, no entanto, já decidiu que não mudará seu estilo e diz ter o apoio do Botafogo para voltar aos gramados com o peixe na cabeça - em final da Taça Guanabara, contra o Vasco.
“Exageraram demais. É um peixe, gente. Já tinha feito isso antes. Joguei e ninguém falou nada. Não significa nada, não é religião. Nos atletas de Cristo nos identificamos com o peixe. Não fiz para polemizar. Me identifico também com o Leão e Águia. Muitos comemoram fazendo gestos de arma e ninguém fala nada. Não tenho o porquê de dar muita atenção a isso. Se o Botafogo for notificado, não tem problema, eu tiro. Mas não precisava polemizar tanto assim”, disse o goleiro.
Se por um lado Jefferson admite tirar o desenho do cabelo caso seja notificado, o goleiro afirma que tem o apoio do Botafogo para deixar o peixe para a decisão do primeiro turno do Campeonato Carioca. O camisa 1 diz que usa os desenhos na cabeça para homenagens. A estrela, em alusão ao Glorioso, e o nome de Michele, sua esposa, já tiveram destaque.
“Se tivéssemos perdido nem apareceria, nem teria dado toda essa polêmica. Já usei antes isso, como disse. Me identifico com as cores do Botafogo e deixei a estrela. Homenageei a minha esposa, enfim. Estou tranquilo jamais vou querer agredir alguém, coloquei o peixe. Se colocasse o peixe que engoliu Jonas estaria punido com certeza. Vou deixar crescer normalmente e mantê-lo para a final”, afirmou.
Por fim, o goleiro negou que manterá o corte por conta da famosa superstição da torcida do Botafogo. Segundo Jefferson, esse tipo de situação não vence jogo e o desenho na cabeça é o que menos importa em um momento decisivo.
“Já vencemos com careca, estrela. Não tem essa de superstição. Coloquei o peixe, mas não por causa da final. Já tinha feito desenhos contra Bangu, Madureira, enfim. Sei do meu potencial e não é por causa do corte de cabelo que vencemos. É o que menos me afeta, sinceramente”, finalizou.
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