Desafio do 'novo Cirino' é mostrar ao Fla que não é só craque de Estadual
“Quero fazer o melhor ano da carreira”. Foi com esta frase que Marcelo Cirino anunciou na última semana o principal objetivo em 2016. Obter sucesso no que pretende é uma meta ousada e que conta com o técnico Muricy Ramalho como principal incentivador. O problema é que para isso o camisa 7 terá de provar ao Rubro-negro que é capaz de exibir regularidade durante toda a temporada.
Em 2015, o atacante brilhou nas partidas iniciais pelo Flamengo. Ele fechou o ano com 11 gols, sendo que nove deles foram marcados no Estadual - até março. A má fase chegou com tudo após a competição, Cirino só balançou as redes mais duas vezes - uma pela Copa do Brasil e outra no Campeonato Brasileiro -, se envolveu em polêmicas extracampo e só permaneceu na Gávea com o respaldo de Muricy.
O atacante é titular e forma o trio ofensivo com Paolo Guerrero e Emerson Sheik. O bom futebol parece voltar aos poucos. Já foram três gols no Carioca e a cada rodada o camisa 7 demonstra a importância nas jogadas pelos lados do campo.
Cirino tem a confiança do departamento de futebol para fazer um ano especial. O Rubro-negro trabalha para ajudá-lo e não repetir 2015 adiantará o objetivo.
“Já queria o Marcelo Cirino quando estava no São Paulo. Tínhamos interesse, mas o Flamengo chegou na frente. Ele tem muita velocidade e quando está concentrado, focado, é muito difícil de parar. Ele precisa usar o que tem de melhor, essa velocidade pelos lados. É importante entender isso”, afirmou Muricy Ramalho.
Marcelo Cirino pertence ao Atlético-PR, com o qual tem contrato até 2019, e tem acordo de empréstimo válido até o fim de 2017 com o Flamengo. Seus direitos econômicos estão divididos entre o Atlético-PR (50%) e o grupo Doyen (50%). O clube carioca paga R$ 2 milhões por ano ao Atlético-PR pelo empréstimo, além dos salários do jogador - cerca de R$ 200 mil mensais.
O Doyen pagou R$ 16 milhões por 50% dos direitos econômicos de Cirino no fim de 2014 e costurou o empréstimo ao Flamengo com cláusulas que o protegem. Para recuperar o investimento, o Rubro-negro precisa vendê-lo por pelo menos 3,5 milhões de euros (R$ 15,3 milhões, hoje) até o fim do empréstimo ou pode quitar a dívida do Doyen para adquirir os direitos econômicos. Segundo previsto no acordo, o Flamengo também tem direito a 20% da receita de transferência caso uma eventual venda ultrapasse o valor de 3,5 milhões de euros.
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