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Medalhões 'somem' durante crise e abrem espaço para coadjuvantes no Fla

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/04/2016 06h00

O Flamengo está há seis jogos sem vencer. No período viveu jejum de gols por longo tempo, o que impedia uma recuperação. Hora dos medalhões chamarem a responsabilidade e resolver os problemas da equipe. Isso, porém, não aconteceu. Pelo contrário, Emeseron Sheik e Paolo Guerrero vivem momento terrível na temporada e abriram espaço para coadjuvantes brilharem na crise.

Dois deles cresceram no momento mais conturbado da equipe no ano: Marcelo Cirino e Alan Patrick. O primeiro foi decisivo e marcou dois gols nos clássicos contra Vasco e Botafogo. Mas é o segundo quem mais agradou ao treinador. O apoiador deu nova cara ao Fla nos últimos duelos e deve seguir no time titular.

“Ele entrou e entrou bem. É mais por mérito. O Cirino entrou e fez gol, também foi bem. Se o jogador entra, vai bem, e o técnico nunca escala... Alan Patrick jogou bem. Estava há muito tempo sem jogar, depois começou a embolar tudo. Ficamos com medo de uma lesão grave”, explicou Muricy Ramalho.

“O Botafogo chega bem com o meio de campo e foi bem ver o Alan Patrick. Ele é nosso melhor meia, está se recuperando, mas sentiu muito o jogo. Depois, o músculo embolou e precisamos tirá-lo. Foi bom ver maneira de jogar diferente. Se não mudar, fica previsível. Semana que vem vamos ter mais opções, teremos a volta do Mancuello”, completou o treinador.

Muricy ainda aproveitou para comentar o momento de Guerrero. O peruano enfrentou uma verdadeira maratona para defender o Flamengo após jogos pela Eliminatória da Copa. Goram horas de viagens para estar em campo. O desempenho não foi bom. Pelo contrário. O treinador aproveitou para dar sua opinião sobre o camisa 9.

“A gente tem que saber analisar friamente. Fazer o que ele fez esta semana é um absurdo. Não pedimos isso, mas sei o que ele fez. Foi absurdo. Chegou, jogou o tempo todo outra vez, mas não se prepara para o jogo. E vem também a parte mental, a ansiedade, além da parte física. Às vezes está na cara do goleiro e não está pronto para fazer. Mas é ao contrário: temos que elogiar o comprometimento que ele tem: pela história que ele tem, fazer o que está fazendo tem que dar os parabéns. Falta treino também, o que gente não está conseguindo. Com certeza ele bem descansado e treinado vai nos ajudar bastante”, defendeu Muricy.

O Flamengo volta a campo somente no próximo sábado, quando medirá forças com o Boavista. A partida é de vital importância para o Rubro-negro seguir vivo no Carioca. Isso porque a equipe de Saquarema tem a mesma pontuação e duelam por vaga no G4, que dá vaga à semifinal do Estadual.