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Ele fechou a boca, perdeu 8kg e pediu passagem no time titular do Vasco

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/02/2017 04h00

De promessa a encostado, Guilherme Costa foi do céu ao inferno no Vasco. Tratado como joia no clube e com diversas passagens por seleções brasileiras de base, o meia passou por poucas e boas e precisou fechar a boca para, enfim, ter a tão sonhada sequência no time profissional.

Efetivado pela primeira em 2013, o jovem, após empréstimos para Bragantino e Boavista, só foi jogar uma partida oficial na equipe de cima este ano, e não decepcionou.

Com boas atuações e o primeiro gol feito contra o Bangu, ele conquistou de vez uma vaga entre os titulares de Cristóvão Borges e fez valer a pena todo o esforço e sofrimento pelo qual passou.

Acima do peso e com lesões

Com uma série de lesões, Guilherme Costa se descuidou e, embora tenha um biótipo magro, passou a não controlar sua alimentação e ficou bem acima do peso.

“Eu lesionava, parava, continuava comendo mal... Agora eu perdi 8kg e estou me alimentando bem”, revelou o jovem.

Após o gol diante do Bangu, o meia não conteve a emoção e chorou na comemoração:

“Estou desde 2006 no Vasco esperando por essa oportunidade. Só minha família sabe o quanto eu sofri com lesões, ano passado treinando atrás do gol... Então, quando entrei e fiz o gol, realmente foi muito emocionante para mim”.

Elogios de Cristóvão

Guilherme Costa anda prestigiado com o técnico Cristóvão Borges. Após a vitória sobre o Alvirrubro por 3 a 1, o comandante vascaíno o garantiu na equipe titular e foi só elogios ao jovem.

“Ele teve uma atuação muito boa. Ficamos muito felizes, porque ele vem trabalhando muito bem. Não é de agora, não. Na pré-temporada também. Entrou em algumas partidas, sempre buscando um lugar. Entrou bem na última partida. Por isso, começou o jogo e respondeu de novo”, declarou.

Motivado, o meia quer mais:

“Se eu não tivesse feito por onde, ele (Cristóvão) não falaria isso. Acho que meu trabalho tem sido bem feito e vou procurar fazer da melhor maneira possível para me manter no time”.

Sem mágoas

Mesmo sendo tratado como promessa e, por diversas vezes, envergado a camisa 10 da seleção brasileira na base, Guilherme Costa demorou bastante para ter uma oportunidade nos profissionais do Vasco. Enquanto isso, outros jovens, muitos de outras gerações, acabaram pulando sua vez e tiveram sequência. O jogador, no entanto, não se sente injustiçado.

“Tudo tem seu tempo. Talvez naquela época eu não estivesse tão preparado como estou agora. Tem vários motivos. Eu me machuquei, estava acima do peso... Acho que a hora chegou e eu tenho que aproveitar. Tenho que pensar nisso”, disse.