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Briga, tiros e pedido de adiamento agitam pré-jogo de Fla x Bota

Policiamento no Engenhão para Botafogo x Flamengo - Bernardo Gentile/UOL - Bernardo Gentile/UOL
Efetivo da Polícia Militar ainda foi reforçado após brigas no Engenhão
Imagem: Bernardo Gentile/UOL

Bernardo Gentile e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

12/02/2017 18h24

O clássico entre Botafogo e Flamengo, neste domingo (12), no estádio Nilton Santos (Engenhão), se mostrou agitado antes mesmo de a bola rolar. Brigas nos arredores do estádio, tiros e até mesmo um pedido de cancelamento por parte do alvinegro levaram tensão ao local no final da tarde, antes do jogo marcado para as 19h30.

As indefinições começaram por volta das 17h. Diante das manifestações de policiais militares nos últimos dias no Rio de Janeiro, o Botafogo avaliou que o efetivo de segurança nos arredores no Engenhão não era suficiente e ameaçou não realizar a partida. A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e o Grupamento Especial de Policiamentos em Estádios (Gepe), no entanto, garantiram a realização do clássico.

“O que o Botafogo faz é um desserviço à população. Eles criam um alarde, falam em falta de policiamento, o que não é verdade, e trazem para o estádio pessoas ‘complicadas’ que nem estariam aqui. Já conversei com a PM algumas vezes, já observamos lá fora, e a situação de momento é a manutenção do jogo. Há efetivo normal, como previsto na reunião de planejamento, com ata assinada por eles [Botafogo]. Deveríamos remar todos juntos nesse momento, no sentido da informação correta, mas o clube não faz isso. Uma pena”, explicou o delgado do jogo e diretor de competições da Ferj, Marcelo Viana.

Por volta das 18h, enquanto o Botafogo pressionava a Ferj solicitando o adiamento do jogo, uma confusão generalizada tomava conta da entrada norte do Engenhão. Brigas, tiros e correria assustavam os torcedores que chegavam ao local. A reportagem do UOL Esporte presenciou pessoas se jogando no chão e outras buscando abrigos em casas próximas.

“O Botafogo criou essa situação de insegurança. Agora vamos avaliar. Se adiar, se cumpre o regulamento. Jogo amanhã [segunda-feira], no mesmo horário. E então decidiremos se com portões abertos ou fechados. Mas há efetivo normal, o mesmo que eles já sabiam. Jogo mantido por enquanto”, completou Marcelo Viana, por volta das 18h20.

Após a polêmica sobre o adiamento e as brigas do lado de fora do estádio, o policiamento foi reforçado com homens dos batalhões especiais - Choque e Operações com Cães. "Alguns policiais do 3º Batalhão (Méier) não puderam estar aqui, mas outros homens de outros setores vieram. Efetivo normal", ratificou Viana.

"A Ferj nos garantiu que tem segurança. Então vamos jogar", disse, mais calmo, o vice-presidente do Botafogo, Luis Fernando Santos.