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PM admite falta de agentes em clássico; Organizadas atacam Gepe

Polícia Militar admitiu que o efetivo não era o ideal para o clássico do último domingo (13) - Divulgação/PMERJ
Polícia Militar admitiu que o efetivo não era o ideal para o clássico do último domingo (13) Imagem: Divulgação/PMERJ

Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

13/02/2017 17h00

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro admitiu que o efetivo de agentes para o clássico do último domingo (12) – Botafogo x Flamengo – não esteve todo presente na hora certa no patrulhamento nos arredores do estádio Nilton Santos (Engenhão). Havia previsão de 224 policiais pelo plano de segurança, e vários não apareceram na hora combinada para acompanhar torcidas organizadas.

Em nota enviada ao UOL, a PM diz que “não há como negar que houve um prejuízo no planejamento por conta do protesto dos familiares” – manifestações nas frentes dos batalhões que impedem o fluxo normal de viaturas nas ruas do Rio de Janeiro desde o final da última semana.

“Uma fração do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) teve dificuldade para sair do quartel, sendo necessário o remanejamento de policiais de outras Unidades para cobrirem o jogo. Cabe dizer ainda, que o número de policiais relatados na súmula não foi o real e sim uma informação preliminar, tendo em vista, que os apoios não chegaram ao mesmo tempo e sim de forma gradual, devido às dificuldades encontradas nesse remanejamento do efetivo. Ao término da partida, a fim de salvaguardar a integridade do público, a Polícia Militar realizou a saída controlada das torcidas”, relatou a PM.

Dos 224 policiais previstos para o clássico, 170 eram do Gepe - efetivo que não se confirmou. O número inicial era praticamente igual ao do clássico Vasco e Fluminense que ficou em 221, mas teve metade do público.

Além disso, o Gepe deveria acompanhar torcedores de organizadas fora do estádio. As torcidas organizadas de Botafogo e Flamengo relataram problemas nesse ponto.
De acordo com líderes rubro-negros ouvidos pela reportagem, o Gepe – sem o efetivo previsto – não cumpriu os procedimentos de escolta e acompanhamento combinados em uma reunião realizada na sexta-feira (10).

As partes acertaram uma escolta a partir da estação de Madureira da linha do trem, o que não ocorreu. Quando as duas principais organizadas do Flamengo chegaram na estação do Engenhão, se dividiram – ainda sem escolta policial. Sem segurança, encontraram-se com botafoguense e deram início ao confronto. Único efetivo de segurança na área, a Guarda Municipal não conseguiu conter a confusão.

Em nota, a organizada Fúria Jovem do Botafogo relatou problema semelhante. “Ficamos cerca de três horas e meia esperando a chegada da escolta da Polícia Militar, que respondia aos nossos contatos dizendo que “estavam chegando” ao local da nossa concentração. Fomos da concentração até o Nilton Santos sem qualquer auxílio da PMERJ e ao chegar no estádio, era nítido que não havia o policiamento necessário para a realização da partida”.