Abel ressalta "alma de guerreiro" do Flu e celebra clássico sem brigas
Abel Braga sai fortalecido da ótima campanha do Fluminense na Taça Guanabara, que resultou no título neste domingo (05). O técnico comemora principalmente a presença das duas torcidas, além da postura agressiva da equipe tricolor durante toda a campanha.
“Coloquei para os jogadores quando cheguei, também para o presidente, para a direção, que meu time não é mentiroso. Prometer, eu não prometo, mas o time teria alma de guerreiro. Então tem sido assim. As dificuldades estão sempre grandes, mas acho que está resgatada a confiança”, acredita o treinador tricolor, que teve que fazer o elenco esquecer os insucessos da última temporada.
“A confiança não estava legal pelo que aconteceu no ano passado, aquilo trazia insegurança”, admite, referindo-se à briga contra o rebaixamento no Brasileirão. “Então nós estamos precavidos para a derrota, para o insucesso. Mas, querendo ou não, estamos seguindo em frente. Já são duas classificações na Copa do Brasil, uma classificação na Primeira Liga e um título invicto”, lista Abelão.
O Fluminense venceu cinco e empatou dois jogos na Taça Guanabara. Chegou à final com a defesa intacta, sem sofrer um gol sequer. Acabou tomando três do Flamengo na decisão, mas levou o título por vencer os pênaltis por 4 a 2.
O melhor é que o espetáculo não foi manchado fora de campo. Após muita briga nos bastidores, os clubes conseguiram que o clássico contasse com a presença de ambas as torcidas no Rio de Janeiro. Quase 28 mil pessoas foram ao Estádio Nilton Santos prestigiar o Fla-Flu e nenhuma grande ocorrência foi registrada.
“Fora de campo as coisas ocorreram bem, creio eu. Que sirva de exemplo. Não é necessário matar, é necessário torcer. Não é necessário brigar, mas apoiar”, discursa Abel. “As equipes deram uma grande demonstração em campo, e as torcidas também.”
Final “surreal” deixa Abel sem palavras
O roteiro do Fla-Flu foi quase inacreditável. Só no primeiro tempo foram cinco gols e duas viradas, com o Fluminense indo ao intervalo em vantagem. Na etapa final a equipe de Abel Braga diminuiu o ritmo e deu cadência ao clássico, mas acabou tomando gol de empate em 3 a 3 nos minutos finais. Aí teve que resolver nos pênaltis.
“Se a gente for querer enfatizar e dizer muita coisa sobre esse jogo, mesmo assim a gente não vai conseguir exprimir tudo o que aconteceu”, avisa Abel, de antemão não fazendo questão de dar sua visão sobre a partida. “Foi fabuloso, uma final surreal. Um 3 a 3, e as equipes ainda atacando. O meu dicionário é pequeno para dizer o que aconteceu em campo. Foi simplesmente fantástico”, exalta.
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