Polícia faz incursão na torcida do Fla em busca de assassinos de torcedor
A decisão da Taça Guanabara entre Flamengo e Fluminense, no último domingo (5), no Engenhão, foi realizada em clima de paz. Se dentro de campo o Tricolor levou o título - vitória nos pênaltis por 4 a 2 (3 a 3 no tempo normal) -, nos bastidores a Polícia Civil buscava os assassinos do botafoguense Diego Silva dos Santos, de 28 anos, morto com golpes de espeto de churrasco antes do clássico entre Rubro-negro e Botafogo, realizado em 12 de fevereiro, no mesmo estádio.
Uma equipe da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) chegou cedo ao Engenhão e colheu informações na parte externa. Na sequência, já com os dados cruzados, os policiais iniciaram uma espécie de incursão pelos setores onde os torcedores do Flamengo estavam localizados.
A equipe da DH caminhou entre as organizadas na tentativa de encontrar os suspeitos do crime. Ninguém foi preso, mas a operação foi considerada bem sucedida, já que a Polícia Civil considera estar próxima de achar os assassinos.
A morte do torcedor do Botafogo iniciou o debate sobre torcida única no Rio de Janeiro. O Ministério Público entrou com ação e foi atendido pelo juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio.
No entanto, os clubes se recusaram a jogar desta forma e conseguiram que a semifinal da Taça Guanabara entre Flamengo e Vasco fosse realizada com torcida mista no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Depois de muita polêmica, o desembargador Gilberto Clóvis Farias Matos, da 15ª Câmara Cível, liberou na última sexta-feira (3) a realização da final entre Rubro-negro e Tricolor com as duas torcidas no Engenhão.
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