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Mais que galã: Valentim mostra personalidade forte e "ajeita" Botafogo

Thiago Ribeiro/AGIF
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/04/2018 04h00

Alberto Valentim chegou ao Botafogo em um momento conturbado, após a equipe ser eliminada da Copa do Brasil e da Taça Guanabara. Em busca de uma reformulação completa, a diretoria escolheu o promissor ex-técnico do Palmeiras para repaginar o clube de General Severiano.

Logo que chegou, Valentim chamou atenção pelo extracampo. A beleza do novo comandante atraiu o público, torcedores do Botafogo ou não. Até quem não acompanha futebol se rendeu ao charme do botafoguense, como foi o caso do blogueiro Hugo Gloss.

Valentim, no entanto, é mais do que um galã. Além de chamar atenção pelo visual, o treinador também mostrou que é capaz de organizar um time em campo. Apesar das falhas defensivas ainda não consertadas, o Botafogo é claramente um time mais pronto em relação àquele treinado por Felipe Conceição no início da temporada.

Vale ressaltar que alguns reforços chegaram ao time, que viu a qualidade aumentar. Três deles, por exemplo, assumiram a titularidade, casos de Moisés, Marcelo e Kieza. Além disso, o novo treinador também promoveu o retorno de Gatito ao gol e colocou Ezequiel e Rodrigo Pimpão no banco de reservas.

Além de mexer em algumas peças, Valentim mudou também o esquema tático. Passou do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1. Rodrigo Lindoso ganhou vaga ao lado de Marcelo. Três meias completam o meio de campo: Léo Valência, Luiz Fernando e Renatinho. Na frente, Kieza é o titular, mas ficou fora por lesão e viu Brenner se firmar com a camisa 9.

Se a defesa tem vacilado, do meio para frente a equipe tem agradado. Ao contrário do que ocorria com Jair Ventura, o Botafogo gosta de ficar com a bola e construir jogadas. Não joga por apenas uma bola no contra-ataque como fazia com o ex-treinador.

Uma mostra clara do time são os confrontos contra o Vasco. Foram três duelos com resultado de 3 a 2 – uma vitória e duas derrotas. Sete gols marcados e oito sofridos em três partidas. Uma equipe que marca muitos gols, mas que está muito exposta aos adversários. A busca, agora, é pelo equilíbrio.