Clima de paz acaba e briga nos bastidores acirra ânimos para Vasco x Flu
A trégua entre clubes e torcidas no futebol carioca durou poucos dias. Após a enxurrada de homenagens aos dez meninos mortos por um incêndio no Ninho do Urubu, velhas feridas voltaram a ficar abertas.
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Tão logo o juiz apitou o final da heroica vitória do Flu por 1 a 0 sobre o Fla, tricolores e rubro-negros transformaram a Praça Varnhagen, na Tijuca, em um cenário de guerra, com brigas que tiveram a direito a muitas pedras e garrafas.
Ao UOL Esporte, o tenente coronel Silvio Luiz, comandante do Batalhão Especial de Policiamento em Estádio (GEPE), disse ser difícil prever se o tumulto foi premeditado, mas deu o tom de quão natural as cenas de violência se repetem em dias de jogos. Em tom de lamento, o oficial falou:
"Algumas torcidas vão lá fazer o que eles chamam de brincadeira sadia. São 20 a 30 que se misturam aos milhares que estão saindo do estádio, o que torna a coisa mais difícil".
Passada a animosidade entre as duas torcidas, um novo problema voltou à pauta: o Setor Sul do Maracanã. Com Flu e Vasco na decisão da Taça Guanabara, a questão foi parar na Justiça, que concedeu liminar ao Tricolor. Como mandante, o Cruzmaltino começou a venda deste lado do estádio para acomodar seu torcedor. Por força de contrato entre o Flu e a concessionária, prevaleceu o que está escrito.
A 48 horas da grande final, a venda foi iniciada e uma determinação judicial alterou os planos e determinou ainda que a comercialização resultaria em multa de R$ 50 mil por hora caso persistisse.
Dias antes de tanta confusão, os vascaínos tinham protagonizado um dos gestos mais surpreendentes dos últimos tempos. Ao atuar contra o Resende com uma bandeira rubro-negra em sua camisa, o clube fez um aceno em direção ao entendimento. A paz, no entanto, foi ligeira.
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