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Interessado e frio. Como Bolaños pode 'resolver problema' do Grêmio

Miller Bolaños comemora gol do Grêmio contra o Juventude, na Arena - Lucas Uebel/Grêmio
Miller Bolaños comemora gol do Grêmio contra o Juventude, na Arena Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Do UOL, em Porto Alegre

26/03/2017 04h00

Miller Bolaños mostrou ao comando do Grêmio que pode ser ele o 'fazedor de gols' que o clube tanto procurou desde o ano passado. Mesmo que não atue na última função, que não seja o clássico camisa 9, o equatoriano encheu comissão técnica e direção de satisfação pela qualidade frente a frente com o goleiro rival. Interessado pelo clube, mais intenso que no ano passado e munido da frieza necessária para tomar a decisão certa ele se consolida no setor ofensivo gremista. 

"O Bolaños melhorou muito do ano passado para este ano por conta da intensidade. Tecnicamente ele sempre foi um grande jogador. É um dos poucos jogadores do grupo do Grêmio que sabe fazer gols. Ele não perde quando tem chance. É frio, sabe fazer os gols. É importante ter este tipo de jogador. Na chance que teve, guardou", disse Renato Gaúcho ao citar o primeiro gol contra o Juventude, no sábado. 

Miller teve um 2016 complicado. Sofreu com duas cirurgias graças a fratura na mandíbula ocorrida logo em sua segunda partida. Precisou se adaptar ao Brasil, ao futebol jogado por aqui, ao clube, ao idioma. E tudo isso em meio a idas e vindas com longos períodos defendendo a seleção do Equador. Sofreu, mas se mostrou empenhado em melhorar neste ano. 

Durante a pré-temporada, foi eleito pela direção gremista como principal destaque no grupo. Passou a entender o que era pedido, melhorou física e tecnicamente. 

"Ele é um dos grandes atacantes que existe na América Latina. Talvez entre os dois ou três melhores. Teve problemas no ano passado e é um finalizador exímio. Daqueles que raramente perde uma chance de gol. Tem tranquilidade cara a cara com o goleiro", afirmou o vice de futebol Odorico Roman. 

Outro ponto que agradou o Grêmio foi o empenho. Interessado em ajudar o clube, ele foi responsável por mediar a liberação junto à seleção equatoriana para que atuasse neste sábado. Após contato do Tricolor, mostrou-se totalmente disposto a deixar a seleção, já que estava suspenso do jogo seguinte, e atuar. Foi um dos destaques da partida. 

"Prontamente quando foi solicitado retorno, ele atendeu. Foi feita avaliação, ele atuou enquanto pôde. Jogou no nível que estamos acostumados a ver neste ano", finalizou o vice gremista. 

Foram 10 partidas e quatro gols neste ano. E a tendência aponta para sequência, até mesmo depois do retorno de Lucas Barrios. 

Considerado principal reforço para 2017, o paraguaio ainda terá um período distante dos campos por conta de uma lesão muscular. Enquanto isso, o equatoriano ganha força para seguir na equipe e ocupar a principal carência do elenco na avaliação da comissão técnica: o posto de 'fazedor de gols'.