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Zago diz que Inter merecia vitória maior: "Não diz o que foi o jogo"

Do UOL, em Porto Alegre

15/04/2017 21h51

A vitória diante do Caxias não resume o que foi o jogo. Essa foi a opinião de Antonio Carlos Zago, depois de o Internacional bater o time da Serra por 1 a 0. O treinador, contudo, valorizou a vantagem obtida na semifinal do Campeonato Gaúcho.

Com o placar mínimo em casa, o Inter pode empatar ou então perder por um gol de diferença se marcar em Caxias do Sul, no domingo que vem, que estará na decisão do estadual.

“Poderíamos ter construído um placar bem mais elástico no primeiro tempo. Tivemos umas cinco ou seis oportunidades de gol, fizemos um. Era importante conseguirmos essa vantagem, até porque fora de casa um gol conta. O placar de 1 a 0 não diz aquilo que construímos durante o jogo”, disse Zago.

E de fato, no primeiro tempo o Internacional teve controle total. Mas na etapa final o cenário mudou completamente e o Caxias passou a pressionar. A expulsão de William, aos 22 minutos, favoreceu a proposta do time visitante e deixou o Colorado mais recuado.

“Era importante nós ganhamos, conseguirmos vantagem. No segundo tempo, até 15 minutos, tivemos uma ou duas oportunidades. Com 23 minutos tivemos a expulsão do William e as coisas acabaram se dificultando mais ainda. A equipe vem de um jogo desgastante, na parte física e psicológica, e o time sentiu. Mas conseguimos confirmar a boa atuação de quarta-feira, com o time controlando. Importante vencer, sair na frente”, comentou o treinador.

Confira outras respostas de Antonio Carlos Zago

Vaias da torcida nas substituições

A torcida tem todo o direito de gostar mais de um ou outro. Estou aqui para fazer meu trabalho, como fiz até agora. O Nico vem de uma sequência dentro do campeonato. Antes do jogo não pensava nele até o início. Acabei mantendo o time de quarta. Ele fez muito bem a sua parte, troquei como troquei outros. Até pensando na quarta-feira.

Queda de rendimento

A velocidade nós perdemos pela saída do Nico e a expulsão. O trabalho é em cima das duas competições que estamos disputando. Tivemos a infelicidade de perder o Edenílson no aquecimento, pelo pouco tempo de recuperação entre um jogo e outro. Temos 30 jogadores no elenco, a gente não pode jogar só com 11. Os caras estão no banco para entrar. Ajudar.

Escolha por Roberson

O Roberson por ser um jogador que segura bem a bola, sabe girar. Aparece e muito bem dentro da área. Precisávamos do resultado, conseguimos no primeiro tempo e com cinco ou seis chances. A equipe, até onde teve perda, controlou. Depois ficou difícil. Até quarta-feira vamos ter um dia a mais, diferente dessa semana onde tivemos 72 horas. Contra o Corinthians, se não estiverem 100% estarão melhor do que nesse jogo.

Baixa de Edenílson no aquecimento

O Edenílson vai ser reavaliado na segunda-feira, não sei o que vamos fazer caso ele não jogue. Mas os médicos vão fazer os exames e a partir daí podemos falar algo. Até então, fica difícil arriscar alguma coisa. Ele sentiu o adutor, a gente não sabe. Ele não vinha jogando muito na Itália, teve sequência e sentiu. Eu estava com medo de outros jogadores sentirem.

Reação do público com as substituições

O torcedor tem que entender o momento da equipe, é esse mesmo. É um ano atípico na história do Internacional e o torcedor precisa apoiar os jogadores. Às vezes os jogadores sentem as vaias ao treinador e comentam, como no vestiário. As trocas não surtiram efeito pela expulsão.

Compreensão da torcida

Eu estou aqui para ver o grupo, fazer meu trabalho pensando nas competições que temos pela frente. Ir o mais longe possível nessas competições. A torcida tem o direito de vaiar, incentivar. É um direito que eles têm. Tenho que fazer meu trabalho e seguir o barco.

Chute no médico do Caxias

Ele vinha xingando o D’Alessandro, no campo. O médico tem que atender e fazer a parte dele, não ofender ninguém. Talvez, são coisas que acontecem. Eu estava nervoso, o árbitro também. Isso já ficou arquivado, até porque conversamos depois também.