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'Noia' aposta em técnico campeão e palmilhas especiais na defesa do título

Beto Campos voltou ao Novo Hamburgo para defender título do Gauchão - Divulgação/Novo Hamburgo
Beto Campos voltou ao Novo Hamburgo para defender título do Gauchão Imagem: Divulgação/Novo Hamburgo

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

17/01/2018 04h00

O Novo Hamburgo segue vivendo dias de novidade. Campeão gaúcho em 2017, o anilado estreia nesta quarta-feira (17) no estadual defendendo o título. Para tentar surpreender outra vez, o clube do Vale dos Sinos aposta na volta do técnico Beto Campos, líder na histórica campanha, e em palmilhas especiais para todo o elenco.

Beto Campos saiu do estádio do Vale após o Gauchão e passou pelo Náutico. Em setembro, voltou ao Novo Hamburgo e foi cedido ao Criciúma para fechar a Série B.

“A responsabilidade é maior, fomos campeões e vamos enfrentar equipes mais atentas ao nosso jogo, até mesmo pelo título. O Novo Hamburgo não ostentava esse título, então isso muda a forma como vão nos enfrentar”, admite Campos. “A nossa preparação é que não mudou, estamos fazendo tudo como em 2017. Tudo dentro da nossa metodologia”.

No ano passado, o Novo Hamburgo eliminou o Grêmio na semifinal depois de dois empates e vitória nos pênaltis. E na decisão, contra o Internacional, repetiu a dose: dois placares iguais e título após cobranças de penalidades.

Neste ano o ‘Noia’ arranca com uma tabela pesada. Tem Caxias, São José-POA e Juventude fora de casa nas quatro primeiras rodadas. Como mandante, pega o Inter logo no segundo jogo. Um teste de fogo para um elenco que vem bem diferente.

“Temos que somar os pontos, avançar. Depois muda a competição, jogos mata-mata, e aí mudam as estratégias. Agora vamos ter uma maneira de jogar. Claro que mudou 50% da equipe que ganhou em 2017, mas procuramos buscar jogadores com características boas, que atendem as ideias de jogo”, comenta Beto Campos.

Uma das chaves no trabalho é manter os pés no chão e ter objetivos acessíveis. Assim, a primeira meta é garantir classificação entre os oito primeiros. Depois até o jeito de jogar deve mudar, repetindo o que foi feito na temporada passada.

“Nosso objetivo, primeiro, é estarmos entre os oito classificados para a segunda fase”, diz. “Precisamos ter uma equipe equilibrada. Foi o que aconteceu em 2017 e isso ajudou a chegarmos onde chegamos. A gente sabe que nem sempre acontece, não é fácil, mas foram dois meses de preparação. É um tempo curto, os adversários também tiveram isso, mas vamos fortes. Com um time inteligente, que se fortalecerá jogo a jogo”, acrescenta o técnico.

Pisando melhor

Além de Beto Campos, o Novo Hamburgo tem outros remanescentes do título: Juninho, Julio Santos, Preto, Assis e Branquinho. Todos eles contam não só com o treinador conhecido, mas também com uma arma nova: palmilhas personalizadas para aumentar o rendimento.

Jogadores do Novo Hamburgo posam com palmilhas especiais  - Divulgação/Laboratório do Pé - Divulgação/Laboratório do Pé
Imagem: Divulgação/Laboratório do Pé

O clube do Vale dos Sinos fechou parceria inédita e o elenco passou a atuar com palmilhas que reduzem dores e aumentam o desempenho. O produto é feito a partir de uma máquina italiana que mede as passadas e conforme a pressão estabelece os pontos a serem corrigidos.

Juninho, do Novo Hamburgo, faz teste para ter palmilha especial - Divulgação - Divulgação
Palmilhas são produzidas após teste em esteira com sensores
Imagem: Divulgação

“A palmilha dá mais segurança, mas reequilibra os eixos corporais como pé e tornozelo”, conta Jefferson Selaimen Machado, responsável pelo ‘Laboratório do Pé’. “Temos 22 tipos de palmilha e uma infinidade de combinações. Após o exame, fazemos o molde e aprontamos o item de acordo com a necessidade do paciente”, completa Selaimen.

As palmilhas computadorizadas são feitas após os jogadores andarem em uma esteira. Ali, sensores detectam os diferentes pontos de pressão e os sintomas para patologias como fascite plantar e tendinite. Com o reforço na chuteira, os jogadores recuperam a pisada e tratam as lesões. O protocolo de atendimento prevê revisão após 45 dias e elaboração de nova peça para estabilizar o tratamento.

“A palmilha muda a forma de pisar. Sem dor, o caminhar fica natural e pode haver diferença. Qualquer dor faz a gente mudar a pisada. Depois a palmilha segue por mais 90 ou 120 dias. São feitos dois pares de palmilha para vida útil maior”, relata Selaimen.

O Novo Hamburgo estreia as palmilhas nesta quarta-feira (17), às 20h30 (Brasília), fora de casa, contra o Caxias. Beto Campos e os remanescentes estarão lá atrás de outro milagre.