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Novo esquema e cuidados na direita. O que o Inter aprendeu com 1º Gre-Nal

Edenílson conteve Everton no segundo tempo do Gre-Nal do último domingo - Ricardo Duarte/Inter
Edenílson conteve Everton no segundo tempo do Gre-Nal do último domingo Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

16/03/2018 04h00

O primeiro Gre-Nal deixou um legado ao Internacional. A etapa inicial muito aquém do esperado e a recuperação nos 45 minutos derradeiros serviram de base para montagem do time de olho no jogo do próximo domingo.

O confronto das 16h (de Brasília), na Arena, abre as quartas de final do Campeonato Gaúcho. E mesmo sem os retornos de William Pottker, Danilo Fernandes e Leandro Damião, o Colorado promete mudar bastante.

Lado fraco x lado forte

A primeira lição do Gre-Nal do Beira-Rio, cujo placar foi 2 a 1 para o Grêmio, apareceu nos dois gols e em ao menos outra chance de marcar que criou o time azul, branco e preto. Pela direita de defesa do Colorado, esquerda de ataque gremista.

Com Everton e Cortez, o Grêmio achou espaços no desencaixado setor que teve Dudu e Nico López. Ambos com características preferencialmente ofensivas e ainda com Edenílson, o volante de saída, correspondendo ao mesmo flanco deixaram espaços nos dois lances.

No primeiro, Nico estava no ataque, Dudu deu combate adiantado, Cortez foi enfiado sem acompanhamento de Edenílson, Klaus saiu, Custa também, e Luan recebeu cruzamento marcando. Todo sistema foi comprometido pelo lado direito.

No segundo, foi Dudu quem perdeu a bola que Everton driblou Klaus e driblaria Cuesta não fosse derrubado. Pênalti e outro de Luan.

A lesão de Dudu não é o único motivo para sua saída, mas também o fortalecimento daquele lado. Já que no oposto, Patrick conseguiu controlar qualquer avanço de Ramiro ou Madson com auxílio de Iago.

Mudança de sistema

O Inter percebeu já no intervalo e repetirá o sistema utilizado. Em vez de espelhar o Grêmio no 4-2-3-1, o Internacional adotará o 4-1-4-1 com Dourado centralizado acompanhado por Gabriel Dias e Patrick no tripé de meio. D'Alessandro aberto pela esquerda, já que é o lado menos ofensivo do Grêmio. Na direita pode ser Nico López ou Marcinho.

A escolha, independente de qual for, não causará grande mudança já que Edenílson foi deslocado para lateral e tem poder de marcação superior a Dudu.

Ataque precisa de movimentação

Com 4-1-4-1 a retirada do meia de armação tradicional irá requerer maior movimentação do atacante. Neste ponto uma nova lição do clássico é evidente: Nico López pode ser a solução.

Desde a saída de Roger naquele jogo e novamente diante do Cianorte pela Copa do Brasil, o time vermelho ganhou mais agilidade na linha de frente. Nico não faz pivô, mas arrasta a bola do meia até o centro procurando, na maioria das vezes, o chute. Quase marcou no último lance do jogo de domingo passado.

Espírito para igualar forças

Outra lição do duelo com o Grêmio é que respeitar o rival é necessário. Não que o Inter tivesse desrespeitado o oponente no jogo anterior, mas reconhecer que coletivamente o Grêmio está melhor e que igualar forças irá demandar esforço fora do comum é nova determinação.

Nas declarações reconhecendo o adversário ou ainda na postura do time em campo, os vermelhos ressaltam o conjunto e o poder do atual campeão da Libertadores e a necessidade de ter 'clima de final' para conseguir avançar no Gauchão.