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Guardiola será julgado por usar laço com significado político durante jogos

Efrem Lukatsky/AP
Imagem: Efrem Lukatsky/AP

Do UOL, em São Paulo

05/03/2018 19h22

O laço amarelo usado por Pep Guardiola durante jogos do Manchester City, que tem a intenção de manifestar apoio aos separatistas catalães, continua causando polêmica. No início da noite desta segunda-feira (5), o treinador aceitou ser julgado pelo uso do objeto.

Ele tinha até esta tarde para definir se aceitava a acusação ou se recorreria. Optou por aceitá-la. Agora, a Associação de Futebol (entidade que rege o futebol inglês) definirá uma data para a audiência do técnico espanhol.

O adereço é um símbolo de protesto na Catalunha para pedir a liberdade de Jordi Sánchez, Jordi Cuixart, Joaquim Forn e Oriol Junqueras. Nascido em Santpedor, cidade catalã que fica a 63 km de Barcelona, Guardiola passou a demonstrar seu apoio aos líderes encarcerados.

“Todos os políticos que estão presos... Espero que possam deixar a prisão e ir para casa logo, com suas famílias, e possam continuar vivendo as vidas que merecem”, disse o treinador. O presidente da Associação de Futebol, Martin Glenn, já condenou a atitude de Guardiola – e até a comparou ao nazismo.

“Não podemos, nem queremos que o futebol mostre esses símbolos. Os símbolos que dividem não são bons. Poderiam ser símbolos religiosos potentes, poderia ser a estrela de Davi (judaísmo), poderia ser a foice e o martelo (comunismo), poderia ser a suástica (nazismo) ou qualquer outra coisa”, falou Glenn.

A 'estreia' do laço de Guardiola aconteceu na vitória por 3 a 2 do Manchester City sobre o West Bromwich, em 28 de outubro do ano passado, pelo Campeonato Inglês. Desde então, o técnico já utilizou o adereço em outros oito jogos da sua equipe, que lidera a Premier League de forma isolada.